A Citroën apresentou ao mercado mundial emergente a nova geração do hatch C3. Junto ao veículo, que será lançado no Brasil apenas no início de 2022, foi apresentada também uma nova Citroën, agora sob o guarda-chuva do Grupo Stellantis (que ainda abraça as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Alfa Romeo, Opel, RAM, Dodge, Chrysler, entre outras).
Após o que podemos considerar um fracasso das marcas Peugeot e Citroën no mercado brasileiro, com a má fama do pós-venda e participação muito aquém do seu potencial, as marcas têm uma rara oportunidade de recomeçar, mérito da história construída por cada uma. O trabalho vai ser árduo e acaba de começar.
E o novo C3 honra o legado da Citroën, com suas linhas sempre ori- ginais. O design do modelo foi baseado no C3 europeu, mas foi desenvolvido pelas equipes locais da América do Sul para atender às preferências da região.
O porte remete a um crossover, com boa altura em relação ao solo. O capô é alto e anabolizado, se encaixando sobre os chevrons da logomarca Citroën, que se prolongam para as extremidades e se fundem com o conjunto óptico, formando uma assinatura luminosa em Y de cada lado. Os faróis ficam no meio desse Y. A grade hexagonal é dividida para afixar a placa e tem os faróis de neblina nas extremidades.
As laterais são vincadas, com molduras nas caixas de roda e frisos largos (airbumps). O tamanho das rodas não foi divulgado. Na lateral também se destacam os racks de teto. Desse ponto de vista também é possível notar que haverá opção de combinar diferentes cores para a carroceria e o teto. A traseira tem o balanço bem curto, com lanternas que criam uma assinatura luminosa formada por duas linhas.
INTERIOR O painel tem orientação horizontal, com destaque para a tela de 10 polegadas do sistema multimídia, que provavelmente equipará apenas as versões de topo. O visual interno do novo C3 também é bem jovial, com uma grande peça em plástico laranja dominando o restante do painel. Também está disponível um suporte integrado para o smartphone.
O volante tem base achatada e traz alguns comandos. A marca promete uma posição de dirigir elevada, boa ergonomia (com todos os comandos ao alcance do motorista) e o melhor espaço do segmento para as pernas dos passageiros traseiros. Informações como a distância entre-eixos e o volume do porta-malas não foram divulgadas.
MOTOR A Citroën não confirmou as motorizações do novo C3, mas as versões de entrada devem trazer sob o capô o motor 1.0 Firefly da Fiat (com até 77cv de potência e 10,9kgfm de torque). Já as versões mais caras devem usar o motor 1.6 FlexStart (com até 118cv e 16,1kgfm) da PSA, que posteriormente deverá ser substituído pelo 1.0 turbo GSE (de aproximadamente 130cv) que estreia no inédito Fiat Pulse.
PREÇO A marca promete preços competitivos. No mercado atual, impossível definir um valor para um carro que será lançado daqui a, no mínimo, quatro meses. Mas, se fosse hoje, o preço de entrada do C3 ficaria na faixa entre R$ 70 mil e R$ 75 mil, acima dos compactos de entrada e abaixo do Peugeot 208, como a marca foi posicionada.
GAMA O C3 é o primeiro veículo de um total de três que serão lançados até 2024 para compor a nova gama da marca no Brasil. O projeto C-Cubed prevê o lançamento de uma família que ainda deve ganhar um crossover no fim de 2022 (para substituir o C3 Aircross) e um sedã compacto, em 2024. Todos terão fabricação local, nas plantas do Brasil ou da Argentina.
Para produzir o novo C3, a fábrica de Porto Real (RJ) foi adaptada para fabricar a plataforma CMP simplificada. O modelo será exportado para vários países da América do Sul. Com essa linha, e o posicionamento de entrada em relação à Peugeot, a ideia é que a marca alcance volume considerável de vendas.
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