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Estado de Minas BRIGA DE CACHORRO PEQUENO

Confira quem venceu o comparativo entre o Mobi Trekking e o Kwid Outsider

Confrontamos os dois compactos de entrada que herdaram o subsegmento dos hatches aventureiros. Confira qual deles se destacou na nossa rinha


02/04/2022 04:00

Aos poucos, a velha fórmula das versões aventureiras vai caindo em desuso nos hatches compactos, cedendo espaço a pseudo-SUVs ainda mais caros e baseados justamente nesses modelos. Após a saída de cena do Hyundai HB20X, restou apenas o Fiat Argo Trekking para contar história, ainda assim sob forte ameaça do seu “irmão” Pulse. Assim, a fantasia aventureira encolheu e agora consegue vestir apenas o Fiat Mobi Trekking e o Renault Kwid Outsider. Recentemente, dirigimos esses dois modelos, que serão o foco do nosso comparativo. Analisamos os aventureiros em seis quesitos, nos quais foram atribuídas notas de zero a 5.
 
Comparativo
(foto: Divulgação)
 
 
VISUAL

Esse é o quesito subjetivo do comparativo, mas um ponto em que quase todos vão concordar é que nenhum dos modelos chega a ser um carro bonito. O Kwid foi recentemente reestilizado, intervenção que teve como destaque os faróis incorporados pelo para-choque e as luzes de rodagem diurna integradas à grade. Ficou mais atual, mas a dianteira alta destoa muito em uma carroceria tão curta. O Mobi também é feinho, com sua traseira que termina logo atrás dos passageiros, mas é um pouco mais carismático que o compacto da Renault. A tampa do porta-malas em vidro também enriquece seu visual.
As versões aventureiras acrescentam detalhes. A caracterização do Mobi Trekking vai além dos adesivos e do rack de teto, incluindo teto e retrovisores na cor preto. O Kwid Outsider tem um forte argumento com as rodas de 14 polegadas em liga leve, enquanto seu oponente tem rodas em aço cobertas por calotas. Mas, na comparação, o Mobi capricha mais na aventura.

Kwid.............................................. 3,0
Mobi.............................................. 3,5
 
traseira
O Kwid foi reestilizado recentemente, mas a traseira mudou pouco (foto: Divulgação)
 


ESPAÇO INTERNO

Porém, se o que você precisa é de espaço interno, a escolha é fácil: leve o Kwid. Com 3,68 metros de comprimento e 2,42m de distância entre-eixos, o compacto da Renault consegue levar passageiros no banco traseiro com mais conforto do que o Mobi, que tem 3,59m de comprimento e 2,30m de distância entre-eixos. Mas, claro, estamos falando de veículos compactos, então não entenda que o Kwid é um modelo extremamente espaçoso. Em ambos, os passageiro da frente não podem abusar do espaço, para que não falte no banco traseiro.
No porta-malas, a superioridade do Kwid também é grande: 290 litros de volume, contra 200 litros do compacto da Fiat. Ambos oferecem rebatimento integral do banco traseiro, aquele em que o encosto desce por completo, não permitindo conjugar carga e um passageiro. Porém, o hatch da Renault fica devendo ajuste do volante e regulagem em altura no banco do motorista, o que impede que diversos biótipos de motoristas encontrem uma boa posição para dirigir. O Mobi tem de série ajuste em altura do banco, mas a regulagem do volante é opcional em um amplo pacote.

Kwid.............................................. 3,5
Mobi.............................................. 3,0
 
 
 painel
Vantagem no painel do modelo Renault é a multimídia pouco maior (foto: Divulgação)
 
ACABAMENTO

O acabamento é pobre nos dois modelos. Painéis e portas só com plástico duro. O Kwid leva ligeira vantagem com seus bancos que mesclam uma imitação de couro muito simples e tecido, enquanto o do Mobi é um tecido mais despojado. O pequenino da Fiat tira um pouco a diferença com tapetes acarpetados, enquanto o do seu adversário é em borracha. O Kwid também perde pontos devido ao cheiro desagradável do interior, provavelmente de materiais de baixa qualidade, característica já observada em outras unidades testadas.

Kwid.............................................. 2,5
Mobi.............................................. 2,5
 
banco traseiro
No banco traseiro do Kwid mais conforto para os passageiros (foto: Divulgação)
 


DESEMPENHO/CONSUMO

Bom, quanto ao desempenho, não podemos esperar muito desses carros de entrada. O Kwid traz sob o capô um motor 1.0 de três cilindros com potências de 68cv (gasolina) e 71cv (etanol) e torques de 9,4kgfm (g) e 10kgfm (e). O grande trunfo desse modelo é o baixo peso, na casa dos 825 quilos. Se o motorista não deixar as rotações caírem, ele encara bem subidas e variações no trânsito urbano. Na estrada, a evolução é gradual, e, se o carro não estiver muito carregado, até que se sai bem para um 1.0.
O Mobi é equipado com o velho motor 1.0 Fire de quatro cilindros, com potências de 71cv (g) e 74cv (e) e torques de 9,3kgfm (g) e 9,7kgfm (e). Seu desempenho é muito parecido com o do Kwid, que leva ligeira vantagem. Se for para desempatar, o compacto da Renault se sobressai ao apresentar consumo de combustível (padrão Inmetro) bem menor, principalmente no ciclo urbano. Confira os números:

Kwid Outsider
Cidade: 15,3km/l (g) e 10,8km/l (e)
Estrada: 15,7km/l (g) e 11km/l (e)

Mobi Trekking
Cidade: 13,5km/l (g) e 9,6km/l (e)
Estrada: 15km/l (g) e 10,4km/l (e)

Kwid.............................................. 3,5
Mobi.............................................. 3,0
 
Porta mala
Com 290 litros, o compartimento de bagagem do Renault é melhor (foto: Divulgação)
 

SUSPENSÃO/DIREÇÃO

A suspensão do Mobi aventureiro é mais confortável que a do Kwid, além de dar mais confiança nas curvas. O Kwid tem altura mínima em relação ao solo superior, com 18,5 centímetros, enquanto o Mobi Trekking tem 17,5cm. De forma geral, o Mobi também filtra melhor ruídos e vibrações. A direção do Mobi tem assistência hidráulica, mas seu desempenho não fica devendo ao Kwid, que tem direção elétrica. O volante do compacto da Renault não tem o chamado efeito retorno, que é a tendência de desesterçar as rodas.

Kwid..............................................3,0
Mobi.............................................. 3,5
 
 tampa traseira
Um dos destaques do aventureiro da Fiat é a tampa traseira de vidro (foto: Divulgação)
 
 
EQUIPAMENTOS/CUSTO

Ambos os modelos oferecem de série nas versões aventureiras ar-condicionado, direção assistida (elétrica no Kwid e hidráulica no Mobi), airbags frontais, sensor de pressão dos pneus, Isofix, vidros elétricos dianteiros (tipo “um toque” no Mobi), sistema multimídia (com tela de sete polegadas no Fiat e oito polegadas no Renault), chave canivete e computador de bordo.
Vendido por R$ 66.790, o Kwid Outsider é R$ 1.800 mais caro que o Mobi Trekking, e leva a vantagem por oferecer airbags laterais, rodas em liga leve, retrovisores com ajustes elétricos, câmera de ré, luzes de rodagem diurna, controle de estabilidade e assistente de partida em rampa.
Com preço sugerido de R$ 64.990, o Mobi oferece alguns pacotes de opcionais que conseguem compensar parte do conteúdo que seu rival traz a mais. Em parte isso é justo, devido à diferença de preço entre os modelos. Por R$ 700 a Fiat oferece controle de estabilidade e assistente de partida em rampa. Com mais R$ 2.200, você equipa o compacto com rodas de 14 polegadas em liga leve e retrovisores com ajustes elétricos. Mas aí o Mobi já passa a ser mais caro que o Kwid, e nem assim consegue igualar os equipamentos.

Kwid..............................................4,0
Mobi.............................................. 3,5
 
multimída
Plástico duro no acabamento e multimída de sete polegadas (foto: Divulgação)
 


z RESULTADO

Kwid.............................................. 19,5
Mobi.............................................. 19,0 
 
espaço dentro
A distância entre-eixos de 2,30m resulta em menos espaço dentro (foto: Divulgação)
 
 
 
porta-malas
O porta-malas do Fiat Mobi é menor, com apenas 200 litros (foto: Divulgação)
 

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