Qual foi a última vez em que você conferiu a calibragem dos pneus de seu carro? Você tem ideia do tempo de uso da bateria? Sabe qual foi a última vez em que levou o carro para fazer a limpeza no sistema de arrefecimento? Essas perguntas podem parecer óbvias para algumas pessoas, mas, talvez, para a grande maioria dos proprietários elas fazem acender um sinal de alerta. O problema é que nem todo mundo fica ligado na manutenção do carro e só se lembra de fazê-la quando algum problema aparece. Pensando nisso, o VRUM resolveu elencar 10 cuidados importantes que podem ajudar a tornar a manutenção do carro mais eficiente e menos dispendiosa. São detalhes que podem ser observados no dia a dia e que ajudam a reduzir danos e prejuízos. Alguns você mesmo pode resolver ou pedir a ajuda de um profissional capacitado para fazê-lo.
Calibragem dos pneus é item básico
Pode parecer bobagem para muitos, mas tem gente que raramente se lembra de calibrar os pneus do carro. Vai no posto para abastecer, mas fica com preguiça de “investir” alguns minutos para conferir a pressão de ar nos pneus. Resultado: os pneus ficam descalibrados, normalmente vazios, a direção pesa, ocorre desgaste irregular da banda de rodagem e aumenta o consumo de combustível. Ou seja, não investiu na manutenção do carro e ficou no prejuízo. Esses são alguns problemas que podem surgir se você esquecer de calibrar os pneus do seu carro.
De acordo com a fabricante Continental, os pneus devem ser calibrados semanalmente, de preferência frios ou que tenham rodado no máximo três quilômetros. E, nesse caso, para fazer a manutenção do carro corretamente é só seguir as instruções da montadora, obedecendo à pressão indicada no manual do proprietário ou fixada na coluna da porta do veículo.
De acordo com a Continental, se a pressão dos pneus estiver 3 libras (ou psi) abaixo do recomendado pelo fabricante do carro, pode haver um aumento de até 2% no consumo de combustível. Na prática, um veículo que roda cerca de 30 mil quilômetros por ano com a calibragem dos pneus abaixo do estabelecido pela montadora perderá o correspondente a um tanque de combustível de 55 litros.
A limpeza (ou sujeira) do carro diz muito sobre seu dono
Não se esqueça de cuidar da limpeza e higiene do seu carro, pois ele reflete a imagem do dono. Além disso, um carro limpo ajuda a preservar a pintura, que fica livre de impurezas que podem corroer o verniz protetor. E de tempos em tempos lembre-se de aplicar cera para proteger e revigorar a pintura do carro. A limpeza também é item importante na manutenção do carro.
E o interior também merece cuidados com a limpeza, para que os plásticos e revestimentos não fiquem encardidos. A higienização do tecido que reveste os bancos é de extrema importância, para evitar acúmulo de poeira, fungos e bactérias que possam causar doenças respiratórias. Além disso, um carro com o interior bem cuidado é mais valorizado na hora da revenda.
Já conferiu as palhetas do limpador de para-brisa?
Pois é, depois de longo período de seca em várias regiões do país, as chuvas começam a aparecer. E pensando nessa mudança de clima, o quesito a ser levado em consideração na manutenção do carro são as palhetas do limpador do para-brisa e do vidro traseiro, no caso dos hatches e SUVs.
Com ficaram muito tempo paradas, acumulando poeira e submetidas a temperaturas elevadas quando expostas ao sol, as palhetas tendem a ficar ressecadas. E se isso acontece, elas perdem a capacidade de remover da maneira adequada a água da chuva que escorre pelo vidro do carro, comprometendo a visibilidade.
Se você se preocupa com a manutenção do carro, lembre-se de que as palhetas em geral têm durabilidade que pode variar de um a dois anos. Algumas são feitas de silicone e podem durar um pouco mais, além de ser menos agressivas ao vidro. O importante é observar se as palhetas que estão no seu carro ainda conseguem remover a água da chuva de maneira eficiente. Caso contrário, chegou a hora da troca. Aproveite também para abastecer o recipiente de água do esguicho do limpador de para-brisa.
Bateria: só é lembrada quando já não tem mais carga
Quem se lembra de cabeça qual foi a data da última troca da bateria do carro? Poucos devem ter esse registro na memória. Os mais cuidadosos costumam guardar no porta-luvas ou em uma pasta de documentos o comprovante da garantia da bateria. Mas a maioria não tem sequer uma vaga lembrança de quando a bateria do carro foi trocada.
E isso não é bom, pois a bateria não costuma mandar recado de que vai acabar. Na maioria das vezes, ela simplesmente perde toda a carga e acaba. Aí não é mais possível sequer virar o motor de arranque para fazer o carro funcionar. Se o carro não tem no painel o mostrador do nível de carga da bateria, só mesmo conferindo no compartimento do motor.
Algumas baterias trazem um visor que indica o nível da carga. Se estiver verde, a bateria está com carga e em condições de uso. Se estiver amarelo, indica bateria sobrecarregada ou sem condições de uso. Mas se o visor estiver preto é porque a bateria já descarregou. Ou seja, é possível prevenir a situação desagradável se a manutenção do carro for feita regularmente.
Mesmo se a bateria não tiver o indicador, em qualquer oficina de elétrica automotiva ou loja especializada é possível verificar o nível da carga, usando equipamento adequado. É bom ter em mente que os fabricantes afirmam que a durabilidade da bateria varia de dois a três anos. Em alguns casos, dependendo do carro e do nível de equipamentos, a bateria pode durar mais ou menos. Por isso é importante estar sempre atento com a manutenção do carro para não ficar na mão.
Não descuide do alinhamento da direção
Se você está dirigindo e sente a direção do carro estranha, puxando para um lado ou para o outro, certamente é porque tem algo errado. Às vezes, pode ser até um pneu vazio, que também vai deixar a direção mais pesada. Mas tem grande chance de ser problema de alinhamento de direção, que interfere diretamente na dirigibilidade do carro.
Com nossas ruas cheias de buracos, as suspensões e o sistema de direção sofrem. Por isso, se você sentir qualquer desajuste na direção, não hesite em procurar uma oficina para fazer o alinhamento. Se insistir em rodar com a direção desalinhada, terá entre outros problemas o desgaste irregular dos pneus, além de comprometer a segurança.
Confira se as lâmpadas dos faróis e lanternas funcionam
Nem sempre o motorista descobre de imediato que o carro está com uma lâmpada queimada no farol ou nas lanternas. Alguns acabam descobrindo do pior jeito: quando são abordados em uma blitz e “agraciados” com uma multa pela deficiência do sistema de iluminação. É isso mesmo: faróis e lanternas com lâmpadas queimadas resultam em multa.
Trata-se de infração média, passível de multa e pode resultar na retenção do veículo. O valor da multa é de R$ 130,16 e o condutor ganha quatro pontos no prontuário da CNH junto ao Detran. Ou seja, um prejuízo que pode ser evitado com uma simples verificação semanal do sistema de iluminação.
Basta pedir para um parente ou um amigo verificar se as luzes dos faróis baixo e alto, das setas e lanternas, e de freio e ré estão acendendo. Enquanto um fica dentro do carro fazendo as mudanças das luzes dos faróis e lanternas, o outro fica de fora verificando se tem alguma lâmpada queimada. Se tiver, basta procurar um eletricista para fazer a troca, que geralmente não é cara.
A limpeza (ou sujeira) do carro diz muito sobre seu dono
Não se esqueça de cuidar da limpeza e higiene do seu carro, pois ele reflete a imagem do dono. Além disso, um carro limpo ajuda a preservar a pintura, que fica livre de impurezas que podem corroer o verniz protetor. E de tempos em tempos lembre-se de aplicar cera para proteger e revigorar a pintura do carro. A limpeza também é item importante na manutenção do carro.
E o interior também merece cuidados com a limpeza, para que os plásticos e revestimentos não fiquem encardidos. A higienização do tecido que reveste os bancos é de extrema importância, para evitar acúmulo de poeira, fungos e bactérias que possam causar doenças respiratórias. Além disso, um carro com o interior bem cuidado é mais valorizado na hora da revenda.
Não se esqueça do sistema de arrefecimento
Tem gente que não tem o hábito de prestar atenção nas luzes e mostradores do painel de instrumentos, mas todos trazem informações importantes. Um deles é o marcador da temperatura do motor, que pode variar de 80 a 100 graus. É importante saber que o ponteiro do marcador não pode atingir a faixa vermelha, que já indica superaquecimento e consequentes danos graves ao propulsor.
Para evitar esse tipo de problema na manutenção do carro é preciso ficar atento aos cuidados com o sistema de arrefecimento do motor. Ele é responsável por manter a temperatura do propulsor dentro dos padrões recomendáveis e usa um líquido específico para promover a troca de calor. Por isso, não basta completar o recipiente do radiador apenas com água.
O aditivo do radiador, encontrado em postos e lojas especializadas, evita que o motor ferva e superaqueça. A troca do líquido deve ser seguida de acordo com as recomendações dos fabricantes. Mas há profissionais que indicam que o sistema de arrefecimento deve passar por uma limpeza e troca do aditivo a cada dois anos.
Claro que, em uma situação de emergência, em uma estrada deserta, é melhor completar o nível do sistema com água do que deixar ferver. Mas é uma situação que deve ser evitada. Por isso a importância da manutenção do carro de forma preventiva, evitando danos e gastos desnecessários.
A troca de óleo deve seguir a recomendação do fabricante
O nível do óleo do motor do seu carro também deve ser verificado regularmente.O que não pode acontecer é andar com o carro com o nível baixo de óleo, pois assim o lubrificante não atinge as partes altas do motor, resultando em desgaste dos componentes internos. E se o desleixo for prolongado, pode até fundir o motor e aí o prejuízo é grande.
Portanto, se você não se sentir apto a conferir o nível do óleo do seu automóvel fazendo a simples verificação da vareta no motor, leve-o à oficina para que um profissional faça a manutenção do carro. Alguns fabricantes recomendam a troca de óleo a cada 10 mil quilômetros ou um ano. Mas se o lubrificante for mineral ou semissintético, a troca pode ser a cada cinco mil quilômetros ou seis meses, principalmente para veículos que trafegam em condições severas.
Carros que trafegam por regiões empoeiradas ou motor que não atinge a temperatura ideal de funcionamento são considerados condições severas.