De Itu (SP)
Ele está de volta! A 11ª geração do Honda Civic finalmente chegou ao Brasil. O sedã médio deixou de ser fabricado aqui no fim de 2021 e agora passa a ser importado da Tailândia em versão única e com motorização híbrida. O Civic Híbrido custa R$ 244.900.
Para começo de conversa, o Honda Civic Híbrido não é plug-in, ou seja, daqueles veículos que podem ter a bateria recarregada na tomada. O sistema e:HEV é composto por: um motor a combustão interna de 2.0 litros, com 143cv de potência e 19,1kgfm de torque; um motor elétrico de 184cv e 32,1kgfm; além de um motor-gerador.
A ideia da Honda com esse sistema híbrido é aproveitar ao máximo o funcionamento de cada motor de forma individual. Assim, o motor elétrico vai atuar na tração do Civic Híbrido na maior parte do tempo, enquanto o propulsor a combustão "toca" o gerador, que abastece a bateria.
Mas, dependendo da situação, isso pode mudar. Por exemplo, em uma rodovia, quando a velocidade costuma ser alta e por um longo período, é o motor a combustão que vai atuar na tração. Isso justamente porque essa é a faixa mais eficiente do motor a combustão, e a pior para o motor elétrico.
A pequena bateria de 1,05kWh não permite que o Civic Híbrido rode no modo elétrico puro (sem que o motor a combustão esteja funcionando para o gerador) por muito tempo. Vale acrescentar que as frenagens e desacelerações também regeneram energia para a bateria.
Se a atuação dos motores é gerida pelo "cérebro do carro", o motorista pode escolher o temperamento do veículo pelos modos de condução Sport, Eco, Normal ou Individual. O sedã não conta com uma caixa de transmissão, havendo apenas uma relação para cada motor de tração.
O consumo do Civic Híbrido, conforme o Plano Brasileiro de Etiquetagem Veicular, é de 18,3km/l na cidade e 15,9km/l na estrada. É isso mesmo, os híbridos "bebem" mais na estrada devido ao maior uso do motor a combustão.
AO VOLANTE O Honda Civic Híbrido é um veículo que proporciona prazer ao dirigir. Uma das suas vantagens é o motor elétrico "grande", com bons números de potência e torque, além da entrega quase imediata desse último. Tudo isso aliado a um baixo consumo de combustível, melhor para o bolso e para o meio ambiente. E a Honda ainda acrescentou uma emoção extra para quem gosta de dirigir, como a sensação de troca de marchas mesmo no modo elétrico e uma ajuda com o ruído do motor nas caixas de som.
VISUAL A tradição é o Honda Civic alternar visual ousado e conservador a cada geração. E, de fato, essa 11ª geração do sedã não tem linhas tão agressivas quanto a anterior. Ainda assim, o modelo tem visual esportivo, com capô baixo e longo, teto com descaída suave e traseira curta, tendo ganho 4,2 centímetros no comprimento. Entre os detalhes da carroceria do Civic Híbrido, destaque para o conjunto óptico em LED, rodas de 17 polegadas, retrovisores recuados, linha de ombro plana, antena tubarão, spoiler no extremo da tampa traseira e teto solar.
DENTRO O interior do Civic Híbrido tem visual limpo. Os destaques são a grade que atravessa todo o painel, ocultando o sistema de ventilação, o multimídia com tela de nove polegadas e o quadro de instrumentos digital, com 10,2 polegadas. O acabamento é bom, com material emborrachado e couro.
A distância entre-eixos aumentou 3,5cm em relação à geração anterior, com ganho em espaço interno. O porta-malas tem volume de 495 litros. Os bancos dianteiros trazem ajustes elétricos, enquanto o assento traseiro conta com saídas de ar-condicionado. O interior é revestido em material cinza claro quando a carroceria é branca, e preto nas demais cores.
CONCORRENTE A rivalidade entre Civic e Corolla é eterna. Porém, o embate entre suas versões híbridas ficou um tanto desigual no Brasil. O Corolla Híbrido é vendido a partir dos R$ 184 mil, e traz uma motorização bastante mansa. Seu conjunto híbrido tem potência combinada de 122cv, além de consumo de 17,9km/l na cidade e 15,4km/l na estrada, quando abastecido com gasolina.
Segundo a Honda, devido à escassez global de componentes, nesse primeiro momento, a disponibilidade do Civic Híbrido será limitada a algumas regiões – São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Brasília, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza e Manaus –, devendo ser expandida gradativamente. A garantia do modelo é de 3 anos, prazo expandido para 8 anos ou 160 mil quilômetros para a bateria e os motores elétricos.
*Jornalista viajou a convite
da Honda Automóveis