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Estado de Minas LANÇAMENTO

Nova Montana: como é dirigir a caminhonete da Chevrolet?

Nova geração assume personalidade mais urbana: alvos da picape são Toro e Strada, da Fiat, além da Renault Oroch


11/02/2023 04:00

Alexandre Carneiro*
De Curitiba (PR)
 
Nova Montana
Nova Montana chega às concessionárias na segunda quinzena de fevereiro (foto: Chevrolet/Divulgação)
 

“Uma caminhonete pensada para os centros urbanos”: assim a Chevrolet descreveu a nova Montana para a imprensa nesta semana. De acordo com o fabricante, a ideia é oferecer uma picape cujo tamanho não seja desajeitado para as grandes cidades, mas capaz de entregar interior e caçamba com bom dimensionamento, além de dirigibilidade semelhante à de um SUV.
 
Em relação ao porte, a Chevrolet Montana 2023 está situada exatamente entre as picapes Strada e Toro, da Fiat. A novidade tem 4,72 metros de comprimento, 2,80m de entre-eixos, 1,80m de largura e 1,66m de altura. O tamanho é semelhante ao da Renault Oroch, que é outra concorrente direta. O vão livre do solo é de 18,5 centímetros nas versões manuais e de 19,2cm nas automáticas.
 
traseira
Na traseira, caminhonete traz elemento interligando as lanternas e o nome Chevrolet em relevo (foto: Chevrolet/Divulgação)
 
 
Devido à citada proposta urbana, a nova Montana chega ao mercado unicamente com cabine dupla: o fabricante informa que não pretende lançar uma configuração de cabine simples. Do mesmo modo, as rodas motrizes são sempre as dianteiras, sem perpectivas de que haja opção de tração integral. Porém, o modelo oferece tanto câmbio manual quanto automático, ambos de seis marchas.
 
banco traseiro
Espaço no banco traseiro é ideal para duas pessoas (foto: Chevrolet/Divulgação)
 
 
O motor, por sua vez, é sempre 1.2 turbo, de três cilindros, com injeção indireta de combustível. Trata-se da mesma unidade que equipa o Tracker Premier, inclusive com números idênticos de potência e torque, apesar da calibração distinta. São 132cv e 19,4kgfm com gasolina ou 133cv e 21,4kgfm com etanol. A Chevrolet, mais uma vez, informa não ter planos de oferecer motorização a diesel ou flex mais potente.
 
Interior
Interior tem bom acabamento e multimídia integrada ao painel (foto: Chevrolet/Divulgação)
 
 
No mais, o conjunto mecânico da nova Montana traz soluções do tipo padrão, incluindo suspensão McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Mas ali há amortecedores de duas fases e batentes duplos. Já os freios empregam tambores nas rodas posteriores. Por fim, a direção é elétrica. Tudo isso é semelhante às linhas Onix e Tracker, com as quais a caminhonete compartilha a plataforma GEM.
 
 caçamba
Protetor de caçamba e capota marítima vêm de série; divisória é opcional (foto: Chevrolet/Divulgação)
 

INTERIOR A Chevrolet afirmou, durante a apresentação, que a Montana 2023 tem maior espaço no banco traseiro que as concorrentes diretas, leia-se Fiat Toro e Renault Oroch. Porém, na prática, a caminhonete só abre vantagem mais expressiva da Strada nesse aspecto.
É que o vão para as pernas dos passageiros de trás é justo: um adulto de média estatura consegue se sentar sem encostar (por pouco) os joelhos nas poltronas dianteiras, desde que elas não setejam totalmente recuadas. Além disso, o encosto é bastante verticalizado, recurso que visa à otimização do espaço.
 
Em relação ao acabamento, a nova Montana também lembra bastante o Tracker, com padrão ligeiramente superior ao do Chevrolet Onix. Os toques de sofisticação ficam por conta dos apliques emborrachados nos apoios de braços das portas dianteiras. Já os bancos ostentam apoios de cabeça reguláveis, enquanto os do Onix vêm integrados aos encostos, formando peças únicas.
 
O painel traz instrumentos analógicos, também compartilhados com os irmãos de plataforma. Porém, o quadro integra-se à central multimídia, formando uma interessante solução de design. O equipamento tem tela de oito polegadas e conectividade com as plataformas Android Auto e Apple CarPlay, além de wi-fi nativo e sistema On Star. Na versão Premier, há ainda carregador de celular por indução.
CAÇAMBA Na caçamba, a Chevrolet Montana 2023 comporta 874 litros de volume. A carga útil é de 600 quilos nas versões Premier e LTZ, mas chega a 637kg na configuração de entrada, chamada apenas de 1.2 Turbo. O compartimento de carga tem iluminação, oito ganchos de amarração, duas entradas USB e uma tomada 12V. E a tampa, com abertura convencional, traz mola para aliviar o esforço de manuseio.
 
O destaque da caçamba da nova Montana, contudo, é o sistema de vedação: a Chevrolet garante que ele é eficaz para impedir a entrada de água e de poeira. Além do mais, há uma série de acessórios para o compartimento de carga da picape, entre os quais capota marítima elétrica e divisórias internas Multi-Board.
 
AO VOLANTE Se, por um lado, a Chevrolet parece ter exagerado em relação ao espaço interno da nova Montana, por outro, o fabricante foi fidedigno quanto à dirigibilidade, que realmente assemelha-se à de um SUV. Mais precisamente, ao do Tracker Premier 1.2 Turbo, que empresta o conjunto mecânico à caminhonete.
 
A Chevrolet Montana 2023 tem posição de dirigir semelhante à do Tracker, mais elevada que em um hatch ou em um sedan. A visibilidade é boa, ajudada pelos amplos retrovisores externos. A coluna de direção com duplo ajuste, em altura e distância, ajuda na ergonomia; o banco do motorista também é regulável em altura.
 
O motor 1.2 turbo caiu bem na caminhonete. Ela não tem a exuberância de desempenho de uma Renault Oroch 1.3 turbo, mas está adequada ao peso do modelo, que é de 1.310kg nas versões automáticas. No trajeto do test drive, com apenas duas pessoas a bordo, a nova Montana encarou ultrapassagens e um trecho de subida de serra sem dificuldade. Fica a dúvida de como ela se comportará carregada.
 
A suspensão também agradou. O itinerário incluiu ainda estradas de paralelepípedos e sem pavimentação, nos quais a novidade mostrou bom conforto de marcha. A suspensão tem calibração firme, característica que, associada à traseira leve, resulta na transferência de parte das imperfeições do solo para o habitáculo. Contudo, o resultado ainda é bom para uma caminhonete.
Outra boa notícia é que a estabilidade também agrada. Para um veículo de altura elevada, a nova Montana encara curvas com disposição. A direção elétrica com efeito regressivo e o câmbio automático afinado com o motor causaram, igualmente, boa impressão.

* O jornalista viajou a 
convite da Chevrolet
 
 
Quanto custa?

A nova Chevrolet Montana é 
vendida em quatro versões:
1.2 turbo MT.................... R$ 116.890
LT 1.2 turbo MT................  R$ 121.990
LTZ 1.2 turbo AT................ R$ 134.490
Premier 1.2 turbo.............R$ 140.490 

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