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Caso Marielle: entenda como funciona a delação premiada


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A expressão "delação premiada" voltou ao noticiário com os novos desdobramentos do caso Marielle Franco.

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Élcio de Queiroz confessou ter participado do assassinato dirigindo o Cobalt prata utilizado no atentado.

Reprodução/TV Globo

Delação premiada é a forma popular como é conhecido o instrumento jurídico denominado colaboração premiada.

Klaus Hausmann por Pixabay

Por meio dela, o investigado que confessa um crime voluntariamente se dispõe a colaborar para a obtenção de provas ou aponta caminhos para elucidar crimes.

Pixabay

Como contrapartida, o Estado pode conceder benefícios ao colaborador no cumprimento da pena.

Ichigo121212 por Pixabay

Cabe à defesa do investigado fazer a negociação com o Ministério Público ou o delegado.

Divulgação

Para ter acesso aos benefícios, o investigado precisa cumprir alguns requisitos, como identificar integrantes ou revelar a estrutura da organização criminosa.

Divulgação Polícia Federal

O juiz só aparece no estágio seguinte, o da chamada homologação. Cabe a ele avaliar o conteúdo e decidir se valida ou não a colaboração. Os benefícios só podem ser concedidos após essa validação.

succo por Pixabay

A depender do acordo, os benefícios para o colaborador podem ser de perdão, redução ou até substituição da pena privativa de liberdade.

Reprodução

Há outros direitos para o colaborador previstos na legislação, como medidas de proteção e cumprimento de pena em um presidio que não seja o mesmo em que estão os outros condenados.

Divulgação Polícia Federal

A prática da delação premiada ficou famosa durante a Operação Lava Jato, que teve no então juiz Sergio Moro o seu representante mais famoso.

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Em 2014, o acordo de colaboração do doleiro Alberto Youssef revelou detalhes do esquema de corrupção na Petrobras.

Fernando Frazão/Agência Brasil

A delação de Antonio Palocci, ex-ministro de Lula, foi anulada pelo STF após a Policia Federal desmentir provas apresentadas por ele. O fato encorpou críticas do PT ao uso que a Lava Jato fez dessa ferramenta.

Agência Brasil

Outro acordo de delação que causou bastante impacto foi o do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral.

Foto de reprodução copiada do site odia.ig.com.br/

Condenado em mais de 20 processos por uma variedade de crimes, Cabral fez sua delação em 2019 e ela também foi anulada pelo STF dois anos depois.

Leandro Ciuffo wikimedia commons

O STF entendeu que a delação acordada com a Polícia Federal deveria ter sido avalizada pelo Ministério Público.

Foto de reprodução copiada do site olivre.com.br

Em entrevista ao portal Metrópoles em março de 2003, Cabral declarou ter sido coagido pela PF e que mentiu ao acusar autoridades, como o ministro do STF Dias Toffoli.

Foto de reprodução copiada do site ohoje.com/noticia