História

Sucesso de Oppenheimer revive o horror da bomba atômica

Entenda por que a arma é tão devastadora, a ponto de haver discussão ética sobre sua criação


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O filme Oppenheimer, lançado no dia 20 de julho, tem feito sucesso. Era uma das produções mais aguardadas do ano.

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O longa, que conta a história de J. Robert Oppenheimer, físico americano e inventor da bomba atômica, conta com 94% de aprovação no site de críticas Rotten Tomatoes.

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No filme de semana da estreia, nos EUA, o filme faturou US$ 80 milhões, enquanto o esperado era US$ 45 milhões.

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Oppenheimer conta a história de Robert Oppenheimer, o cientista que liderou um projeto para a criação da bomba atômica e que enfrentou dilemas éticos em relação a isso.

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A bomba atômica é uma arma que libera uma volume gigantesco de energia, e por isso o seu poder é devastador.

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Ela funciona com o processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que, mesmo com uma pequena quantidade de matéria, permite uma forte liberação de energia.

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As bombas nucleares agem de forma semelhante às bombas usuais. Mas um dos elementos utilizados na composição as diferencia: o nêutron

U.S. Department of Defense Domínio público

Urânio-235 e plutônio-239 são os principais componentes de uma bomba. A bomba nuclear funciona pelo princípio da divisão de um átomo instável (nêutron) pelo bombardeamento de partículas. Isso desencadeia a fissão nuclear dos outros átomos presentes.

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O poder de destruição da arma é medido em quiloton, que equivale à explosão de 1000 toneladas de dinamite, ou megaton, referente a 1 milhão de toneladas.

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A pesquisa sobre a bomba atômica nos Estados Unidos começou após um alerta de Albert Einstein e Leo Szilard, dois físicos importantíssimos do século XX, ao presidente do país, Franklin Delano Roosevelt.

Reprodução/Museu Nuclear - Domínio público

Eles alertavam sobre o potencial militar da descoberta da divisão do átomo e a possibilidade de a Alemanha nazista desenvolver uma bomba atômica.

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A pesquisa sobre a arma na Alemanha começou em 1939, mas, por conta das urgências da guerra, o regime nazista não priorizou as investigações e o projeto nunca saiu do papel.

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Os Estados Unidos entraram na guerra em 1941, e, a partir daí, o presidente Franklin Roosevelt ordenou que o projeto de desenvolvimento da bomba fosse acelerado.

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Assim surgiu o Projeto Manhattan, comandado pelo físico Julius Robert Oppenheimer e pelo general Leslie R. Groves.

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Em maio de 1945, a Alemanha já havia se rendido, mas o Japão, um dos seus principais aliados, continuou a luta por mais alguns meses.

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Oppenheimer acreditava que a bomba seria usada apenas para persuasão, e que nunca viria a ser detonada. Os acontecimentos destruíram o psicológico do físico, e isso é muito bem destacado no filme.

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A resistência japonesa levou à segunda bomba atômica, no mês de agosto, em Hiroshima. 70 mil pessoas morreram no instante da explosão.

Marinha do Governo dos Estados Unidos

Três dias depois, os EUA soltam a terceira bomba, dessa vez em Nagasaki. 40 mil pessoas foram mortas. O livro Hiroshima, de John Hersey, onde ele perfilou seis sobreviventes da explosão, transmite muito bem o terror da ocasião.

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A ordem foi dada pelo então presidente americano Harry Truman, interpretado no filme pelo ator Gary Oldman (foto) .

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A bomba foi lançada sobre o Japão de um avião chamado Enola Gay e a foto mostra o piloto Paul Tibbets pouco antes da decolagem.

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Muito se discutiu sobre a culpa de quem jogou a bomba (cumpriu ordem que mataria milhares de forma sofrida). Paul Tibbets viveu por mais de sessenta anos após Hiroshima. Morreu em casa, no estado de Ohio, em 1/11/ 2007, aos 92 anos.

United States Air Force Domínio público

O presidente Harry Truman, que ordenou o ataque, disse à tripulação, após o retorno aos Estados Unidos: "Não percam o sono por terem cumprido essa missão; a decisão foi minha, vocês não podiam escolher".

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