Relembre o susto dos ocupantes de uma embarcação diante da fúria do cardume
Ocupantes de um barco que navegava nos Estados Unidos se viu em meio a dezenas de tubarões, que se aproximaram furiosamente da embarcação. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu.
O episódio ocorreu perto da costa de Venice, na Louisiana.
Foram momentos de medo para o grupo comandado por Dillon May.
"Vimos que eram tubarões atrás de uma isca. Nunca tínhamos visto nada parecido", disse Dillon ao NY Post.
Os tubarões batiam freneticamente na embarcação, loucos atrás dos peixes, mas ninguém ficou ferido.
Tubarões estão entre os animais que causam maior temor em ambiente marítimo. São predadores vorazes e astutos.
No Brasil também existe preocupação com risco de ataques. Veja só.
O primeiro grande levantamento global de ataques de tubarões apontou em setembro de 2022 quantos casos ocorreram desde 1580 no mundo.
Os dados foram apurados pelo Florida Museum, uma instituição de pesquisa americana especializada em Ciência Natural.
Os Estados Unidos, de longe, ocupam a primeira posição no número de ataques de tubarões a banhistas: 1.564 casos.
Em segundo lugar aparece a Austrália, na Oceania, com 682 ataques de tubarões.
Em terceiro está o litoral da África do Sul, com 258 casos registrados.
O Brasil ocupa um preocupante quarto lugar, com 110 casos. Em sua grande maioria, as ocorrências foram no litoral pernambucano: 61 ataques.
Em quinto lugar está a Nova Zelândia, na Oceania, com 56 ataques de tubarões registrados oficialmente.
Nos últimos anos, não houve registro de casos fatais, mas 24 pessoas morreram entre 1992 e 2013 no litoral pernambucano.
As vítimas foram atacadas por tubarões-cabeça-chata e tubarões-tigre - que, curiosamente, não são predominantes na região. Essas espécies seguem grandes embarcações. E a pesca de arrasto descarta cardumes de peixes, que atraem os tubarões.
A preocupação é tão grande que na Praia de Boa Viagem, no Recife, as placas alertam: Perigo: animais marinhos.
A construção do Porto de Suape (foto), a partir de 1978, é apontada por muitos como um dos fatores para o aumento de tubarões em Pernambuco. As leis ambientais eram frouxas e a terraplenagem interrompeu o fluxo de rios.
Uma brecha foi aberta nos arrecifes para dar acesso às embarcações, a salinidade foi alterada e berçários naturais destruídos, forçando os tubarões a se deslocarem para o estuário do Rio Jaboatão e as praias do Recife.
O litoral Paulista também registrou ataques de tubarões. Foram 15 casos desde 1931.
Curiosamente, dois deles ocorreram num intervalo de apenas 11 dias do mês de novembro de 2021, no litoral de Ubatuba, cidade conhecida pelas belas praias.
No dia 3/11, um turista francês foi atacado por um tubarão na Praia de Lamberto.
No dia 14/11, uma idosa de 79 anos foi atacada por um tubarão na Praia Grande.
Mas novos casos já vão se juntando ao levantamento de setembro. O mais recente é o do surfista André Luz Gomes, atacado por um tubarão em Olinda, Pernambuco,
Nós mostramos essa história nessa galeria do Flipar (copie e cole): https://www.flipar.com.br/estilodevida/surfista-e-atacado-por-tubarao-e-passa-por-cirurgia-entenda/
Tubarões geralmente são vistos à distância no mar e em águas mais profundas. Apesar disso, algumas espécies ficam mais perto da costa para caça ou reprodução
Geralmente, os tubarões atacam por confundir o ser humano com algum peixe durante a caça; ou por ter o território invadido, principalmente em dias de praias mais cheias.
Os tubarões sempre provocaram pânico, registrados em desenhos da Idade Média e em relatos de aventureiros de antigas embarcações.
O medo de tubarão é tão presente no imaginário popular que um dos maiores clássicos do cinema de terror, assinado por Steven Spielberg, é "Tubarão", lançado em 1975 e que mostra um fictício ataque da fera numa praia americana.
O empresário carioca João Pedro Portinari Leão, sobrinho-neto do pintor Candido Portinari, foi atacado por um tubarão-branco em Búzios, no Rio de Janeiro, enquanto praticava windsurf, em 1997.
No livro 'A Isca', ele falou de sua experiência: e alertou que a cautela deve ser permanente Minha familiaridade com a água me fez ser atacado, porque eu, de certa forma, estava perdendo o respeito pelo mar.
Veja agora algumas orientações para evitar atrair tubarões.
Não entre no mar no fim da tarde ou no amanhecer, quando a claridade é fraca. Prefira horários de luminosidade intensa.
Não entre no mar com ferimentos, principalmente que possam sangrar. O sangue é um forte atrativo para tubarões.
Não faça xixi no mar. Os tubarões têm ótimo olfato e são atraídos por fluidos humanos.
Não se aproxime de atividade de vida marinha, como um aglomerado de peixes ou aves se alimentando. Isso é sinal de caça.
Não use objetos brilhantes, que façam reflexo na água, ou pois os tubarões podem achar que é escama de peixe e atacar.
Nunca entre no mar sozinho. Procure sempre estar com outras pessoas.
Caso você perceba algum sinal de tubarão ou suspeite da sua presença na água, saia sem fazer movimentos bruscos.
Sabemos que é difícil mas...não entre em pânico! Não grite.