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Acarajé Rosa da Barbie: Relembre a polêmica!

Ideia de Drica do Acarajé conquistou clientes, mas causou revolta entre as baianas


Flipar

O lançamento de "Barbie" nos cinemas espalhou a cor rosa por diversos segmentos, pois todos querem tirar 'casquinha' da repercussão do filme.

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Para aproveitar o burburinho, Adriana Ferreira dos Santos resolveu produzir e vender acarajés cor de rosa, em homenagem ao filme da boneca mais famosa do mundo. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu

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O acarajé é uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira, sendo um bolinho feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite de dendê. A adaptação do quitute pensado por Adriana utiliza anilina - um corante usado em confeitaria.

Imagem de Adriano Gadini por Pixabay

O quitute, porém, gerou polêmica e virou alvo de críticas, principalmente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM).

Divulgação SITE MUSEU DAS BAIANAS DE ACARAJÉ

A presidente da Associação, Rita Santos, considerou o quitute rosa um desrespeito à cultura negra e à tradição das baianas. Para ela, o bolinho colorido não respeita o simbolismo da iguaria.

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Rita se mostrou bastante revoltada nas redes sociais da ABAM: "Vamos respeitar o que é nosso, vamos respeitar um patrimônio que é nacional. É uma brincadeira de mau gosto que não deveria ter sido feita".

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Rita ainda argumenta que nem sequer considera a vendedora uma autêntica baiana, e muito menos o quitute vendido por Adriana como acarajé. Para mim, é um bolinho de feijão. afirmou em vídeo publicado no perfil da ABAM.

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Ela defende que é função das baianas valorizar e preservar a cultura e os antepassados, e que Adriana só está vendendo os quitutes por interesses financeiros, e não por tradição.

Claudia Baiana wikimedia commons

O ofício das baianas do acarajé é decretado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

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Na cultura do candomblé, o acarajé é considerado uma comida sagrada e faz parte de ritual religioso em oferta aos orixás, principalmente a Xangô (Alafin, rei de Oyó) e à sua mulher, a rainha Oiá (Iansã).

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Por outro lado, Adriana se defende dizendo que a mudança de cor do bolinho não interferiu na qualidade do produto. Ela pediu desculpas para quem se incomodou com a invenção e afirmou que sempre tenta inovar porque ela e a família dependem da venda dos quitutes.

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"É uma brincadeira pela estreia do filme. Só vamos fazer essa semana. De forma nenhuma isso afeta as tradições. Eu gosto de inovar. Sempre prezo pela qualidade e em como levar meu produto até eles (clientes)", contou.

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Adriana disse que faria até um sorteio nas redes sociais, permitindo que os fãs mais sortudos pudessem experimentar a iguaria da Barbie.

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A novidade atraiu várias pessoas para o perfil da vendedora que tem mais de 100 mil seguidores na rede social.

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A dona do Acarajé da Drica também contratou mulheres para se vestirem como Barbie e tirarem fotos com os clientes em dois pontos, nos bairros de Paripe e Itapuã, em Salvador.

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Há 15 anos, Drica ficou conhecida por vender acarajé e abará em uma barca de sushi. Ela tenta sempre criar algo para chamar a atenção, fugindo do lugar comum.

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