Os argentinos foram às urnas definir quais serão os candidatos à presidência do país e um nome tem chamado a atenção nos últimos dias: Javier Milei. O Flipar, claro, te conta tudo. Confira!
Neste domingo (13/08), Milei venceu as eleições primárias na Argentina depois que sua chapa, A Liberdade Avança", conquistou mais de 30% dos votos.
Com o avanço, Javier Milei disputará a presidência com a ex-ministra da Segurança Patrícia Bullrich, de 57 anos, e o atual Ministro da Economia, Sergio Massa, de 51 anos. A votação final acontecerá dia 22 de outubro.
Javier Milei nasceu em Buenos Aires, em 1970. Ele estudou economia na Universidade de Buenos Aires e na Universidade de Belgrano.
Milei é um político argentino que se identifica como libertário e que é membro da Câmara dos Deputados da Nação Argentina desde 2021.
Nas eleições primárias da Argentina, todos os partidos devem realizar uma votação para escolher os candidatos que participarão das eleições presidenciais em outubro.
Com 28,7% dos votos, a segunda chapa mais votada foi a do partido "Juntos pela Mudança", também de oposição ao governo atual.
Já a chapa governista, União Pela Pátria, ficou apenas em terceiro lugar, com 27,27% dos votos.
De acordo com informações do jornal "Clarín", Milei se apresenta como alguém de fora que veio para combater as más práticas da política.
Entre suas promessas consta a adoção do dólar como moeda principal e o encerramento das atividades do Banco Central.
No jornal "El País", é dito que Milei é um economista ultraliberal que se autodenomina "anarcocapitalista" -- quem defende a eliminação do Estado ou sua minimização ao máximo.
O político tem opiniões contrárias ao aborto e acredita que as mudanças climáticas são uma invenção da esquerda.
Além disso, ele se identifica com a ala de extrema direita representada pelo partido Vox na Espanha.
Milei já trabalhou como assistente do general Antonio Bussi, um militar que foi governador da província de Tucumán durante o período da ditadura, e depois se tornou deputado nacional.
Milei também ocupou a posição de economista-chefe na Fundação Acordar, que pertence ao ex-governador peronista de Buenos Aires, Daniel Scioli.
Além disso, o argentino também é fã de Jair Bolsonaro, a quem frequentemente é comparado, e já afirmou admirar Donald Trump.
De acordo com o jornal "La Nación", a relação de Milei com a imprensa é um tanto contraditória. Sua exposição na mídia começou com um programa de rádio na plataforma online Conexión Abierta.
A partir daí, o argentino passou a bombar nas redes e ganhou reconhecimento entre os seguidores. Ainda assim, o jornal destaca que Milei já teve problemas com a imprensa.
Houve momentos em que ele até insultou repórteres e estabeleceu condições específicas para conceder entrevistas, como escolher as perguntas a serem feitas e proibir certos assuntos de serem abordados.
Na vida pessoal, Milei é filho de um pai que foi motorista de ônibus e depois se tornou empresário no ramo de transporte. Sua mãe era dona de casa.
Durante sua infância, o político viveu em um ambiente familiar marcado por episódios de violência e também enfrentou situações de bullying na escola.
Em 2018, quando ele estava no auge de sua carreira como apresentador de um programa de televisão, ele afirmou "para mim, eles estão mortos", ao se referir aos pais.
No entanto, durante a pandemia, Milei retomou o contato com seus pais, como relatado pelo "La Nacion".
Fã dos Rolling Stones, Milei tentou ser goleiro de futebol e cresceu com a avó materna como figura principal.
Desde o término de seu casamento com a cantora Daniela Mori, Milei não foi visto em outros relacionamentos.
Apesar das dificuldades de relacionamento com seus pais, Milei tem uma boa relação com sua irmã, Karina, que está coordenando sua campanha.
Embora tenha nascido católico, Milei tem demonstrado certo apreço pelo judaísmo. Uma biografia não autorizada do político relatou que ele chegou a buscar maneiras de se conectar com um de seus cachorros que já faleceu.