A prisão de um homem em setembro de 2022 repercutiu na web por chamar atenção para o risco de fraude em alimentos. O criminoso vendia feijão fradinho pintado de verde para cobrar mais caro .O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu.
A prisão foi feita por agentes da Decon, a Delegacia Especial de Crimes contra o Consumidor, no Rio de Janeiro. Mas valeu - e ainda vale - de alerta para todo o Brasil.
Segundo a polícia, o homem de 43 anos vendia o produto numa feira em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense. E confirmou a fraude.
Ele disse que também praticava a fraude na feira do bairro Neves, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Ou seja, espalhou produto indevido por diversos municípios fluminenses.
Segundo a polícia, enquanto o preço médio do fradinho comum custava R$ 6,50 o quilo, o verde saía por R$ 27,50.
Ambos os nomes (fradinho ou de corda) costumam ser atribuídos ao mesmo feijão, mas a tonalidade verde encarece o produto e isso atrai a cobiça de golpistas.
A partir de denúncia, os policiais também encontraram um local onde vários sacos com feijão já estavam prontos para a venda.
De um lado o feijão fradinho ainda na cor normal, marrom claro; do outro, o feijão já tingido de verde, o que eleva o preço do produto.
O depósito interditado fica na Rua Visconde da Gávea, na Gamboa, Zona Portuária do Rio, perto do Centro da cidade, região que vem sendo revitalizada nos últimos anos no Rio, inclusive com a abertura do famoso Museu do Amanhã, um dos pontos turísticos mais atraentes entre as opções culturais da cidade.
Para deixar o feijão verde, o fraudador usou um produto que faz uma mistura na cor verde e que as pessoas, portanto, vinham consumindo sem saber.
O feijão-de-corda é o fradinho colhido antes da maturação. Já o fradinho normal é o feijão já maduro, que, inclusive, costuma ser usado no preparo de acarajé (foto).
O feijão-de-corda é tradicional na culinária nordestina. É comum prepará-lo com manteiga de garrafa.
Este feijao tem origem na África Ocidental. Foi introduzido no Brasil pelo estado da Bahia, em meados do século 16. .
O cultivo se dá principalmente em regiões semiáridas, porque não exige muita água e o solo não precisa ser muito fértil.
Na África, o feijão fradinho recebe outros nomes, mesmo em países de língua portuguesa.
Em Angola, é chamado de É chamado de feijão macundi ou maconde.
Em Cabo Verde, leva o nome de feijão mongolão ou bongolon.
Em Moçambique, o feijão se chama Nhemba, Ikhutye ou Namerrua.
No próprio Brasil, além de feijão fradinho e feijão de corda, outros nomes se referem a essa leguminosa: feijão galego, feijão miúdo, mucunha e feijão-congo são alguns dos nomes usados.
Em Portugal, ele é feijão-frade, feijão-carito, favolinha ou culita, entre outros nomes.
Com apenas 15 calorias por cada 100 gramas, o fradinho é rico em nutrientes: proteínas, mineiras e vitaminas. E contém fibras. É um ótimo alimento e tem fácil preparo.