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Elize Matsunaga, que esquartejou marido, está no ramo da costura

Advogado disse ao R7 que ela desistiu de ser motorista por aplicativo por causa do assédio


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Condenada por matar e esquartejar o marido Marcos , Elize Matsunaga está há 16 meses solta. Mas, segundo entrevista do seu advogado, Luciano Santoro, ela não conseguiu seguir na atividade de motorista de aplicativo por causa do assédio.

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Recentemente, sem revelar detalhes, ele disse ao R7 que ela partiu para o ramo de costura. Elize foi solta em maio de 2022, causando muita polêmica na internet.

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Ela deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, mais conhecida como Presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, na tarde de 29/5/2022.

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Em nota divulgada à imprensa, na ocasião, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que o alvará de soltura dela foi expedido pelo Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária, o Deecrim de São José dos Campos.

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Elize conseguiu Liberdade Condicional, que pode ser concedida por um Juiz quando o preso cumpre alguns requisitos na cadeia, como bom comportamento. No entanto, se ela não obedecer certas exigências do lado de fora, irá novamente presa.

reprodução jures.com.br

Por conta da crueldade do crime, ela deixou o local e foi recebida apenas pelo seu advogado Luciano Santoro. Elize deixou a cadeia de roupa preta, batom vermelho e muito sorridente. Mesmo sem dar entrevistas, Matsunaga destacou:

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"Estou muito, muito feliz mesmo de ter vencido essa etapa, sei que teremos outras, uma nova etapa agora. Mas estou muito feliz por ter vencido, pelas pessoas que me apoiaram, pelas pessoas que compreenderam.", declarou Elize, através de vídeo divulgado por seu advogado.

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"Infelizmente não posso consertar o que se passou, o erro que cometi. Estou tendo uma segunda chance, infelizmente o Marcos não. Mas acredito na espiritualidade, que ele já tenha me perdoado e peço isso nas minhas orações", completou.

reprodução g1

Nem os familiares foram recebê-la. Pelo contrário: querem distância e não querem que ela conviva com a filha dela com Marcos. A menina tem 12 anos (tinha 1 na época do crime) e a identidade preservada. A garota está sob a guarda dos avós paternos, que querem tirar o nome de Elize da certidão de nascimento da jovem.

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Aliás, quando deixou a cadeia, Elize Matsunaga estava com uma faixa dizendo que amava demais a filha e demonstrando vontade de conviver novamente com a menina.

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Na época, o MPSP (Ministério Público de São Paulo) ressaltou que o "sistema de execuções penais tem como uma de suas principais características a progressividade dos regimes de cumprimento da pena" e que, por isso, "incentiva o trabalho dos sentenciados".

Reprodução do site MPSP

O órgão também enfatizou que atuar em atividades lícitas "pode evitar a reincidência criminal e proporcionar a sua harmônica reintegração social".

De an Sun Unsplash

Em fevereiro de 2023, a empresa Maxim confirmou o cadastro de Elize no cadastro de motoristas da plataforma. Eles não exigiam 'nada consta' de antecedentes criminais para o serviço.

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Em nota, a Maxim chegou a divulgar que ela [Elize] tem boa avaliação entre os passageiros, e não há nenhuma reclamação em seu nome.

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Segundo o advogado de Elize, Luciano Santoro, ela ficou pouco tempo na atividade por conta de importunações dos clientes, que faziam perguntas sobre o ocorrido e ainda pediam para tirar fotos.

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Durante o período na cadeia, ela conviveu com outras presidiárias que ficaram famosas por cometerem crimes igualmente cruéis. Uma delas foi Suzane von Richthofen, condenada por matar os próprios pais.

Reprodução de Internet / Arquivo Pessoal

Outra detenta que conviveu com Elize foi Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, que era uma criança de cinco anos de idade. O caso foi em 2008.

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O presídio existe desde 1978 é de pequeno porte e fica localizado no centro de Tremembé. A unidade tem capacidade para 373 presas, sendo 89 na ala de progressão, espaço para as detentas em regime semiaberto, ou seja, as que saem para trabalhar e voltam só para dormir.

Reprodução TV Globo

O assassinato de Marcos Matsunaga aconteceu em 19 de maio de 2012, no apartamento do então casal, na Zona Oeste de São Paulo. Após uma discussão, ela o matou com um tiro de pistola 380 e o esquartejou em sete partes.

Divulgação Departamento de Policia Civil do Estado de São Paulo

O casal era um colecionador de armas. Ao todo, eram 33 dentro do apartamento. Câmeras do condomínio a flagraram saindo de casa com três malas e voltando sem nenhuma delas. Os restos de Marcos estavam na mala, que foram despejadas na região de Cotia, cidade da Grande São Paulo.

Reprodução de internet / Arquivo Pessoal

Ela foi presa preventivamente em junho de 2012. Quatro anos depois, foi condenada por um júri popular e pegou uma pena inicial de 19 anos e 11 meses por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e destruição e ocultação de cadáver.

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Dias depois, ela confessou o crime, o que fez a pena cair para 16 anos. Assim, ela só deixaria o local em 2028. Elize é formada em Direito e é natural de Chopinzinho, no Paraná. Está com 41 anos.

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Em depoimentos à Polícia, Elize falou que fez isso após descobrir uma traição de Marcos com uma garota de programa. Ele era herdeiro e um dos donos da empresa de alimentos Yoki. O caso ficou tão famoso que virou até série e livro.

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Falando em livro, Elize agora quer publicar a sua própria biografia, escrita durante a década que passou presa.

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Em uma parte "vazada" do livro, ela falou que recebe centenas de cartas, incluindo pedidos de casamento, palavras de conforto e tentativas de evangelização.

Reprodução de internet

Quando foi morto, Marcos tinha 42 anos. A Yoki foi fundada nos anos 60 e trabalha vendendo industrializados como farofa, pipoca e outros temperos. A sede da empresa fica em São Bernardo do Campo e ela é estimada em 2 bilhões de reais.

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