Quatro crianças - sendo uma delas, um bebê - foram encontradas vivas 40 dias após a queda de um avião na Colômbia. Foi em junho de 2023. O FLIPAR mostrou na ocasião e republica para quem não viu.
O grupo foi resgatado por militares das Forças Armadas da Colômbia no dia 9 de junho, após difíceis buscas.
Coube ao presidente do país, Gustavo Petro, divulgar a notícia por meio da rede social.
"Uma alegria para todo o país", festejou, acrescentando numa entrevista que a sobrevivência das crianças foi "um presente para a Colômbia, um presente para a vida".
Lesly, de 13 anos; Soleiny, de 9; Tien, de 4; e Cristin, que fez 1 ano enquanto estava na floresta, passaram 40 dias perdidos.
Segundo a imprensa colombiana, as crianças estavam desidratadas, com picadas de insetos e levemente feridas, principalmente nos pés.
Elas sofreram um acidente de avião no dia 1 de maio.
Os três adultos que estavam no avião, inclusive a mãe das crianças, Magdalena, morreram
O voo tinha saído da cidade de Caquetá, uma região da Colômbia formada por 16 municípios, com 420 mil habitantes, no oeste do país.
O destino era San José del Guaviare, uma das principais cidades da Amazônia colombiana.
A distância entre as duas cidades numa linha reta é de 252 km. Mas, pouco depois da decolagem, o piloto acusou problemas no avião e saiu do radar.
A região amazônica da Colômbia é tão ampla que ocupa 42% do território do país. São 483 mil km² de mata.
A região tem a Cordilheira dos Andes a oeste; e as fronteiras com Brasil e Venezuela a leste.
A região se estende desde os rios Guaviare e Vichada, na parte norte, até os rios Putumayo e Amazonas, na parte sul.
A mata fechada, muito densa, dificultou as buscas, que, por isso, demoraram tanto.
Aos poucos, os militares foramencontrando pistas. Em 15 de maio, por exemplo, acharam uma mamadeira e a casca de um maracujá aparentemente consumido por alguém.
No dia 17, acharam fitas de cabelo e uma tesoura. Em seguida, viram pequenas pegadas na terra.
Os indícios de sobrevivência das crianças davam esperança nas buscas. Mas havia uma preocupação adicional. As autoridades colombianas chegaram a suspeitar que elas tivessem sido capturadas por guerrilheiros. Uma grande força militar se envolveu na operação, pelo chão e pelo ar.
As equipes de resgate usaram helicópteros e alto-falantes para mandar mensagens e tentar localizar as crianças.
As crianças pertencem à comunidade indígena Uitoto, que existe na Colômbia, Peru e Brasil. A experiência em lidar com a mata permitiu que elas sobrevivessem. E que as mais crescidinhas cuidassem da bebê, no meio da floresta.
O ponto negativo ficou pela perda do pastor alemão Wilson, que participava das buscas às crianças e sumiu na selva.