O Brasil é riquíssimo em recursos naturais e tem em seu território o "pulmão do mundo", com a Floresta Amazônica, mas o país sofre com o desmatamento ilegal e o garimpo.
Outro problema brasileiro, principalmente na região amazônica, é a invasão de terras indígenas, muitas vezes com disputas sangrentas.
Criada para abrir a região norte com o resto do país, a Rodovia Transamazônica acabou "ajudando", ao longo dos anos, a expandir atividades criminosas, como desmatamento e garimpo, na região florestal.
A ideia do governo brasileiro seria abrir caminho em meio a imensidão verde para incentivar o crescimento da região. A rodovia passaria por sete estados e cruzaria 63 cidades.
A Rodovia Transamazônica, ou BR-230, foi criada no período do governo militar e inaugurada em agosto de 1972 pelo presidente Médici.
Apesar de toda festa, sua inauguração não foi completa. Em 1972 a Transamazônica estava inacabada e com vários trechos sem asfalto.
E o que era pra ser motivo de avanço brasileiro se tornou sinônimo de dor de cabeça. A Rodovia Transamazônica nunca ficou 100% completa.
Sua construção era bastante complexa, com alto custo para o governo. Em período de chuva, fica impossível passar por alguns trechos por conta da lama.
Ao longo dos anos, a Transamazônica sofreu com a falta de infraestrutura, prejudicando a passagem de veículos pesados e impactando na economia da região.
Sem a infraestrutura devida, a rodovia se tornou sinônimo de facilitação para o transporte de madeira ilegal, desmatamento, grilagem e garimpagem.
A Transamazônica corta o país no sentido leste-oeste, tem seu km 0 na cidade litorânea de Cabedelo, na Paraiba, e vai até Lábrea, no estado do Amazonas.
Uma curiosidade da Transamazônica é que mais de um terço do seu trecho está situado no território do Pará.
Promessas não cumpridas, desmatamento da floresta, violações de direitos... A Transamazônica, para muitos, é considerada um grande fracasso do governo militar como legado para o país.