Um dos realities mais famosos da TV brasileira, A Fazenda, transmitida pela Record, chega a sua 15ª edição nesta terça-feira e promete muita emoção.
O programa contará com a participação de nomes conhecidos do público brasileiro. Mas uma integrante do programa chamou a atenção e pegou muita gente de surpresa.
A jornalista Rachel Sheherazade surpreendeu a todos ao ser anunciada como uma das participantes. Ela chegou a negar os primeiros convites feitos pela produção do programa.
Diretor do programa da Record, Rodrigo Carelli explicou, em entrevista recente ao TV Pop, como conseguiu convencer Rachel Sheherazade a ser uma das peoas do reality.
"A gente sempre chama várias pessoas que a gente acha que não vão topar, mas a gente fala: Não custa nada'. Passaram alguns dias, ela ligou de volta e falou: Olha, eu pensei melhor, vocês ainda querem? Eu acho que eu topo, vai ser bom pra mim e eu topo', relembrou Carelli.
A apresentadora e jornalista Rachel Sheherazade nasceu em João Pessoa, na Paraíba, e fez 50 anos no útimo dia 5 de setembro. Ela ficou nacionalmente conhecida por seu trabalho como âncora do telejornal "SBT Brasil", exibido pelo SBT.
Ela também trabalhou no "Jornal da Manhã" da Rádio Jovem Pan, e ficou nacionalmente conhecida ao criticar o Carnaval em 2011.
Durante sua carreira, Sheherazade se destacou por sua postura crítica e opiniões contundentes em relação a questões políticas e sociais. Ela frequentemente expressava suas opiniões pessoais em seu espaço no telejornal, o que gerou debates e controvérsias em torno de suas declarações.
Por conta de sua postura, a jornalista foi demitida pelo SBT em setembro de 2020, pouco tempo depois de ter feito críticas ao então presidente do Brasil Jair Bolsonaro.
Após deixar o SBT, Sheherazade entrou na Justiça contra o canal de Silvio Santos pedindo R$ 20 milhões de danos. A apresentadora alega assédio, censura e fraude por parte da emissora.
Uma das alegações da ex-âncora do "SBT Brasil" é de que sua contratação como pessoa jurídica visava fraudar a legislação trabalhista, fiscal e previdenciária. Ela também citou que tinha obrigações de uma contratada regular, como plantões e horas extras.
Outra alegação de Rachel é o caso de assédio sofrido na emissora. Ela disse ter sido tratada de modo "depreciativo, preconceituoso, vexatório, humilhante e constrangedor".
"Você começou a fazer comentários políticos no SBT e pedi para você não fazer mais. Você foi contratada para ler notícias, não foi contratada para dar sua opinião. Se quiser fazer política, compra uma estação de televisão e vá fazer por sua conta. Chamei você para continuar com sua beleza, não foi para dar opinião".
A conversa anterior foi feita por Silvio Santos, dono do SBT, ao entregar a Rachel Sheherazade o prêmio vencido em 2017 no Troféu Imprensa.
Quando o SBT me proibiu de emitir opiniões, o Silvio Santos sugeriu que eu comprasse um canal e desse opiniões nele. Foi o que eu fiz. Gosto de repercutir os fatos, me aprofundar um pouco mais e fazer análises sobre o que acontece no Brasil e no mundo", declarou a apresentadora, seis anos após a "bronca".
Após deixar o SBT, Rachel criou um canal em uma rede social onde começou a dar suas opiniões polêmicas. Ela também fez trabalhos no Metrópoles, Istoé e CNN Brasil.
Outra polêmica em que ela se envolveu foi com o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e abertamente bolsonarista. Pelo Twitter, Hang, "pediu" a Silvio Santos que demitisse Sheherazade após outros jornalistas serem dispensados e disse que o jornalismo estava contaminado com "ideologias comunistas".
"Você pode trabalhar na TV estatal cubana Cubavisión, lugar ótimo para quem pensa como você", disse Hang após ser acusado por Sheherazade de fazer chantagem para que ela fosse demitida.
Outra polêmica se deu em 2014. a âncora disse: "o contra-ataque aos bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite. Aos defensores dos Direitos Humanos que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao Brasil, adote um bandido".
As falas dela foram em cima do caso de "justiceiros" que amarraram em um poste um adolescente de 15 anos, acusado de cometer furtos no Rio de Janeiro. Por conta disso, o SBT foi processado pelo Ministério Público Federal.