No dia 29 de junho, um pinguim foi visto passeando pelas areias da Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro. Seu destino foi trágico. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu.
A ave marinha despertou muita curiosidade, cativou banhistas e recebeu o apelido de Zé.
Horas depois, porém, o gracioso animal foi encontrado morto.
Segundo postagem do Instituto Mar Urbano, a causa provável da morte de Zé foi a ingestão de um peixe baiacu.
"Infelizmente, Zé o pinguim estava com fome e acabou caçando um baiacu, o que provavelmente o levou à morte momentos depois", diz o texto.
O baiacu é uma espécie de peixe com potencial muito tóxico para outros animais.
Zé pertencia à espécie pinguim-de-Magalhães, que se desloca com frequência para a costa brasileira durante o inverno.
Ele aparece com certa frequência no litoral brasileiro, em especial de Santa Catarina, entre junho e setembro.
Os pinguins-de-Magalhães partem da Patagônia, no Sul da Argentina, atrás de alimento.
A espécie foi batizada com esse nome por ter sido o explorador português Fernão Magalhães o primeiro a tê-la avistado, em 1520.
O pinguim-de-Magalhães vive em bandos e pode atingir a velocidade de 25 km/h quando está nadando.
Em média, a espécie mede 70 cm de altura e o peso varia entre 4 e 6 quilos.
Entre os meses de setembro e fevereiro é o período em que ocorre sua reprodução, com os ninhos formados no chão ou em pequenas tocas.
Os pinguins-de-Magalhães jovens, como era o caso de Zé, têm penas de coloração cinza e branca. Isso acontece porque ainda não ocorreu a muda.
Já os mais velhos apresentam uma plumagem com tons de preto e branco.
Os filhotes da espécie são alimentados pelos pais por aproximadamente dois meses e depois já ficam independentes.
A expectativa de vida do pinguim-de-Magalhães é de 10 a 12 anos, caso não sejam abatidos por fenômenos trágicos como um ocorrido no litoral de Santa Catarina em 2022.
Em agosto, 596 pinguins morreram no litoral de Santa Catarina por causa de um ciclone extratropical
Dos pinguins encontrados na praia, apenas 24 estavam vivos. A contagem foi feita pela Associação R3 Animal.
De acordo com o Projeto de Monitoramento, os pinguins sofrem mais que outras aves para escapar das ondas fortes porque não voam. Por isso, acabam morrendo afogados.
O pinguim-de-Magalhães tem asas que se adaptaram para dar impulso na água. Mas, quando o mar está muito revolto, esse recurso não é suficiente.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que monitora o clima no estado, disse que as rajadas de vento na ocasião passaram de 100 km/h.