Passageiros a bordo de um avião no Japão precisaram ficar quase seis horas a bordo e, mesmo assim, não chegaram ao seu destino.
O motivo foi o fechamento do aeroporto onde o avião deveria aterrissar.
O episódio curioso do voo de nada para lugar nenhum aconteceu no fim de fevereiro. O FLIPAR mostrou e relembra o caso.
O avião era umAirbus A350 da Japan Airlines, registrado sob a matrícula JA07XJ.
O voo JL-331 tinha partido do Aeroporto de Heneda, em Tóquio, capital do país.
A decolagem atrasou por causa de uma troca de aeronave de última hora no aeroporto de Haneda, em Tóquio.
Os 335 passageiros se acomodaram no novo avião e fariam um voo de apenas 90 minutos.
O destino era o Aeroporto de Fukuoka, mas, ao se aproximar, o piloto se deu conta de que o terminal fecha às 22h e só permite pousos após este horário em casos bem excepcionais.
É que o aeroporto de Fukuoka fica em área residencial e o horário limitado se deve ao respeito à vizinhança para não atrapalhar o descanso das pessoas à noite. O jeito seria desviar para outro aeroporto.
A cidade de Fukuoka fica na costa norte da ilha de Kyushu. É a cidade mais populosa da ilha, com 1,5 milhão de habitantes.
Sem licença para descer em Fukuoka, os pilotos inicialmente conseguiram permissão para pousar nas proximidades de Kitakyushu.
Esta cidade de 1 milhão de habitantes também fica na ilha de Kyushu a 50 km de Fukuoka.
Mas os pilotos foram avisados de que não haveria ônibus e hotéis para acomodar todos os passageiros.
Decidiu-se então retornar para Tóquio. Mas sem combustível suficiente, o avião teve que parar em Osaka para reabastecer.
Osaka já fica na ilha de Honshu , a maior do arquipélago japonês, que também abriga a capital Tóquio..
Mas a distância entre Osaka e Tóquio (foto) é grande: 497 km.
Após reabastecer, o avião pôde, então, voltar para o aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio.
Os passageiros retornaram exatamente ao ponto de onde saíram, quase seis horas após a decolagem. Imagina a sensação.
Fundado em 1931, o aeroporto de Haneda teve uma expansão em 2018 e passou a ter capacidade para receber 90 milhões de passageiros por ano.
Eles foram, então, encaminhados para hotéis para que, no dia seguinte, pegassem um novo voo para Fukuoka.
Finalmente, os passageiros puderam seguir para onde queriam. Que perda de tempo!