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Detetives farejadores: Cães da Polícia fazem a diferença

Veja como os cachorros são treinados na corporação


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Com a ajuda de um cão farejador, a Polícia Federal apreendeu 236 kg de cocaína em um carregamento de bobinas de papel no Porto de Santos, na costa de São Paulo, no dia 11/04. É um dentre tantos casos em que os cães auxiliam a polícia.

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O destino da carga era o Egito, com uma parada prevista no Porto de Algeciras, na Espanha.

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Conforme informado pela Receita Federal, a droga foi descoberta durante a execução de procedimentos rotineiros de fiscalização e repressão aduaneiras.

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A seleção de cargas é feita com base em critérios objetivos de gerenciamento e análise de risco, além de inspeções por meio de imagens e scanners.

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Os cães farejadores também são usados como ferramenta nesses casos e um cachorro da Alfândega de Santos (SP) indicou a presença das drogas.

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Cães farejadores são presença comum em aeroportos, cenas de atentados e em casos de desastres naturais, como soterramentos por exemplo.

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Nem todos os cães são adequados para esse tipo de treinamento, que exige curiosidade e um olfato apurado. As raças mais recomendadas são o pastor alemão (foto), labrador, pastor malinois e pastor holandês.

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A maioria das raças caninas possui alguma habilidade de discriminação de cheiros, mas isso é mais marcante nas raças esportivas ou criadas especialmente para desenvolver o faro.

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Esses cães podem ter até 300 milhões de células olfativas, enquanto os seres humanos têm apenas 6 milhões. Isso faz com que os animais consigam distinguir odores com mais facilidade e a uma distância maior.

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O treinamento começa quando o filhote tem cerca de dois meses e dura por volta de um ano e meio.

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Durante esse período, os instrutores avaliam quais filhotes da matilha possuem as habilidades desejadas e realizam exercícios gradualmente mais desafiadores para desenvolver o faro. Veja todas as etapas do treinamento de um cão farejador!

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De 2 a 4 meses: esse é o momento em que os instrutores realizam exercícios e brincadeiras para avaliar as características e o desenvolvimento de cada filhote.

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De 4 a 8 meses: nessa etapa, os cães têm contato com a guia e começam a aprender a se comportar frente a outros cachorrinhos, em exercícios de socialização.

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De 8 a 10 meses: os animais são levados para áreas externas, como parques, aeroportos e áreas comerciais, para realizar exercícios de detecção de odores. Aqui eles já começam a ter que procurar objetos só pelo cheiro.

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De 10 a 12 meses: nessa etapa, além dos cachorros terem que procurar objetos por meio do cheiro, os exercícios costumam ter uma dificuldade maior. Isso porque eles precisam superar obstáculos também.

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A partir de 12 meses: os animais destinados a farejar drogas são expostos a "brinquedos" com esses odores, e os exercícios ficam mais difíceis, misturando odores de outras substâncias, como alho, pimenta e cebola.

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É importante ressaltar que os cães não são expostos diretamente às drogas, que costumam ser camufladas em materiais como tubos de PVC, mangueiras e bolsas de lona, entre outros.

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Uma das facilidades de se treinar cães farejadores é evitar que os treinadores civis precisem obter autorização para lidar com substâncias ilegais, explosivos ou tecidos humanos.

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Uma das regras de todo o processo é que não deve haver violência com os cãezinhos, mas sim uma dose de afeto sempre que o animal executar uma atividade da maneira esperada.

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Os cães farejadores treinados podem trabalhar em diversas áreas, como em empresas de segurança privada, turismo, grandes eventos e até mesmo na polícia.

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Eles podem ser especializados em encontrar drogas, explosivos, cédulas de dinheiro e até mesmo auxiliar em resgates e salvamentos.

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Alguns pesquisadores já têm direcionado o olfato apurado desses cães para outras finalidades, como treiná-los para identificar o "cheiro de câncer" em amostras de tumores, além de outras doenças.

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