Quem ganhar deve fazer segredo, pois sucedem-se crimes motivados por ganância. Veja casos
A Mega-Sena pode pagar R$ 5,2 milhões no sorteio desta quinta-feira (28/9), para quem acertar as seis dezenas sorteadas.
As apostas podem ser feitas até as 19h em qualquer lotérica do país ou pelo site. O mínimo é de R$ 5.
Mas atenção: Quem ganhar deve cuidar com carinho do prêmio e se resguardar. Afinal, para muitos, o que seria motivo de alegria virou tristeza...pessoas que ganharam uma bolada com loterias acabaram virando caso na Justiça, muitas vezes por crimes. Veja só.
Jonas Lucas Alves Dias ganhou R$ 47,1 milhões em 2020, na Mega-Sena. Em setembro de 2022, ele foi encontrado morto, com sinais de tortura, às margens da Rodovia dos Bandeirantes, no interior de São Paulo.
A Polícia acredita que o crime foi planejado, primeiro pelos sinais de tortura e depois por encontrar tentativas de sacar altos valores em contas bancárias, mas sem sucesso. Jonas morreu após sair de casa para uma caminhada, em Hortolândia.
Em 2001, o catarinense Altamir José da Igreja ganhou na Mega-Sena, mas junto com outro homem. Após muita discussão na Justiça, eles dividiram o prêmio de R$ 27 milhões (na época da distribuição, foi corrigido para R$ 40 milhões).
Em 2021, Altamir teve a prisão decretada por não pagar pensão alimentícia de R$ 230 mil à filha com microcefalia. Em maio de 2022, Igreja ganhou novamente, mas agora R$ 2 milhões.
Em 2017, um morador do Rio de Janeiro ganhou cerca de R$ 100 milhões na Mega-Sena. O vencedor confiou no "amigo" e deu uma parte do dinheiro a André Luiz Lobo, que iria administrar a fortuna.
No entanto, Lobo começou a comprar muitos imóveis de luxo e o amigo lesado, cujo nome não foi revelado, logo desconfiou e denunciou para a Polícia. O prejuízo foi de cerca de R$ 20 milhões e André foi preso.
Em 2006, Fábio Leão Barros, um vidraceiro e então menor de idade, ganhou na Mega-Sena e pediu para o pai, Francisco, administrar a fortuna. Quatro anos mais tarde, ele foi preso acusado de mandar matar o próprio filho.
O caso foi descoberto após a Polícia capturar os homens contratados para cometer o crime, em Mato Grosso. O jovem tinha ganhado R$ 28 milhões.
Reneé Senna tinha 54 anos e morava no Rio de Janeiro quando ganhou R$ 51,9 milhões, em julho de 2005. Ele era muito pobre e tinha as duas pernas amputadas, por causa das diabetes. Em janeiro de 2007, ele foi encontrado morto, a tiros.
Em um primeiro momento, a Justiça inocentou Adriana Silva, a viúva de Reneé, mas em um novo julgamento, em 2018, a condenou a 20 anos de cadeia. Ela alegou inocência.
Em fevereiro de 2010, um grupo de 40 pessoas ganhou e iria dividir uma bolada de R$ 53 milhões. Cada um apostava numa combinação diferente, para aumentar as chances de vencerem. O que aconteceu.
No entanto, os números não foram registrados pela loteria e o grupo entrou na Justiça. O nome da loteria é Esquina da Sorte e o caso é famoso no estado.
Em 2011, o empresário Miguel Ferreira de Oliveira ganhou na Mega-Sena. Pouco depois, mudou-se de São Paulo 9+para Campos Sales, no Ceará, em busca de uma vida discreta. Mas os moradores ficaram sabendo da sua fortuna, e um deles o matou em 2018.
Um dos suspeitos do crime, Antônio dos Santos, foi preso em 2019 e conseguiu, mas solto e assassinado pouco depois, também em Campos Sales.
Em maio de 2022, um casal do Rio Grande do Sul tentou retirar um prêmio de R$ 29 milhões, apostados em 2014. No entanto, eles não conseguiram o dinheiro, pois a loteria diz que os números não estão legíveis.
O casal admitiu que se descuidou com o bilhete e o colocou na máquina de lavar, mas disse que estavam legíveis. O caso foi parar na Justiça.
Em Viamão (RS), um idoso de 71 anos ganhou R$ 10 milhões, mas viu o ex-sócio lhe dar um golpe e tirar tudo.
As autoridades recomendam que, ao ganhar na mega-sena ou qualquer outra loteria esportiva, não conte para ninguém e mantenha a sua vida normal, para que ninguém desconfie.
E você, o que achou dessas histórias?