Em 26 de abril de 1933, seis anos antes da II Guerra Mundial, foi fundada a Gestapo, a polícia secreta da Alemanha nazista.
A Gestapo foi responsável pela perseguição e silenciamento de todos os grupos que pudessem representar algum tipo de ameaça para o controle dos nazistas. Com sede em Berlim, a organização usava grupos de espionagem, que se espalhavam por toda a Alemanha.
No seu plano de extermínio em massa, o ditador Adolf Hitler tinha, como cúmplices, auxiliares que ajudaram na fundação do Partido Nazista, membros desse partido, militares e outros profissionais que participaram da captura e da manutenção de vítimas em campos de concentração.
Com o fim da guerra e a derrota da Alemanha, oficiais da elite nazista foram levados a julgamento em Nuremberg. E condenados por crimes de guerra e contra a humanidade.
A seguir, alguns auxiliares de Hitler que cumpriram funções de ponta na barbárie imposta pelo Nazismo. São algumas das mentes mais cruéis da história da humanidade.
Joseph Goebbels - Ministro da Propaganda do Nazismo - Controlava as informações que chegavam até a população, por meio de jornais, teatro, literatura, cinema, rádio e música. Determinava o que podia ser divulgado ou não.
Um dos maiores traumas da Alemanha é o apoio da população a HItler na época do nazismo. 90% deram plenos poderes a ele, em plebiscito. Mas há quem defenda que, devido à censura, a maioria das pessoas não conhecia a realidade do regime.
Com a morte de Hitler, em 30 de abril de 1945, Goebbels seria o seu sucessor como Chanceler da Alemanha. Mas, no dia seguinte, 1 de maio, ele e a esposa de mataram, após terem envenenado os seis filhos.
Rudolph Hess - Ministro sem pasta - Amigo de Hitler (com quem esteve preso na década de 1920) , atuava como uma espécie de vice no Fuhrer e secretário particular. Ele era responsável por assinar as leis promulgadas pelo Nazismo.
Em 1941, Hess viajou de avião para a Escócia, sozinho, numa tentativa de negociar a paz com o Reino Unido durante a II Guerra Mundial. Foi preso, julgado por crimes de guerra e condenado à prisão perpétua. Suicidou-se aos 93 anos, em 17/8/1987, no jardim da prisão.
Reinhard Heydrich - Chefe do Gabinete Central de Segurança. Presidiu a Comissão da Polícia Criminal Internacional e formalizou planos para o genocídio dos judeus. Em 1941, ordenou execuções em massa para eliminar resistência em territórios hoje pertencentes à República Tcheca.
Morreu em 1942 em consequência de ferimentos sofridos durante um atentado a granada contra seu carro.
Heinrich Himmler - Chefe supremo da polícia secreta (Gestapo) e das forças militares do Partido Nazista (SS). Um dos principais arquitetos do plano de extermínio de judeus e outras minorias.
Himmler foi responsável direto pelos campos de concentração. Na foto, ele inspeciona um dos campos, diante de prisioneiroS.
Em 23/5/1945, capturado pelos Aliados, Himmler suicidou-se com veneno.
Wilhelm Keitel - Marechal e chefe do Comando Supremo das Forças Armadas alemãs. Conselheiro militar de Hitler.
Ele assinou a rendição incondicional da Alemanha em Berlim, em 8/5/1945. Julgado em Nuremberg por crimes de guerra, foi enforcado em 16/10/1946, aos 64 anos.
Hermann Goering - Veterano da Primeira Guerra Militar (da qual Hitler também participou), ele assumiu o posto de Ministro da Aviação (1933-1945). Também foi Presidente do Parlamento Alemão (Reichstag), entre 1932 e 1945. E Ministro da Economia da Alemanha (1937/38).
Em 1945, no fim da II Guerra, rendeu-se aos americanos e foi levado a julgamento em Nuremberg. Condenado à morte, suicidou-se por envenenamento antes da execução em 15/10/1946, aos 53 anos.
Albert Speer - Ministro do Armamento. Foi responsável pela alta produção de armas nos anos da guerra, usando mão-de-obra escrava dos campos de concentração. Arquiteto, assinou diversas construções encomendadas por Hitler.
Capturado em 1946, contou o que acontecia no regime nazista. Sentenciado a 20 anos de prisão, cumpriu a pena e, ao sair, publicou livros sobre sua ligação com Hitler. Morreu de causas naturais, em 1981, aos 76 anos.
Joachim von Ribbentrop - Ministro das Relações Exteriores da Alemanha entre 1938 e 1945, pressionava países vizinhos para obrigá-los a apoiar o nazismo e tomar medidas represssivas contra judeus e outras minorias.
Capturado e levado a julgamento, foi condenado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Foi enforcado em 16/10/1946, aos 53 anos.
Erich Raeder - Comandou a Marinha alemã até 1943, quando foi substituído por Karl Donitz. A troca foi causada por afundamento de navios sob responsabilidade de Raeder, enquanto Donitz estava demonstrando êxito nas operações. Raeder pediu renúncia e se aposentou.
Ele foi julgado em Nuremberg e condenado à prisão perpétua, mas foi libertado em 1955, por motivos de doença. Morreu em 6/11/1960, aos 84 anos.
Karl Donitz - Comandante da Marinha Alemã, presidiu o país por 23 dias após a morte de Hitler. Assinou a rendição incondicional da Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.
Não foi acusado de crimes contra a humanidade e há consenso de que ele não participou do Holocausto. Mas foi condenado por guerra marítima agressiva, em que deixou sobreviventes sem resgate. Foi sentenciado a 10 anos de cadeia. Morreu em 1980, aos 89 anos
Josef Mengele - Embora não tenha sido do mais alto escalão, é lembrado por selecionar as pessoas a serem mortas nas câmaras de gás e fazer experimentos dolorosos e letais nos prisioneiros, no campo de concentração de Auschwitz.
Mengele deixou Auschwitz em 17/1/1945, pouco antes da chegada das tropas libertadoras do Exército Vermelho da União Soviética. E fugiu para a América do Sul, onde viveu com identidade falsa na Argentina e no Brasil. Morreu em 7/2/1979, aos 67 anos, sem pagar pelos crimes.
E Hitler? Várias teorias foram difundidas, mas pesquisadores franceses descobriram que ele se suicidou com veneno ou um tiro (talvez ambos) e seu corpo foi queimado por seguidores para não ser encontrado pelos Aliados (vencedores da guerra)
Certamente, não queriam que acontecesse com Hitler o mesmo que houve com o ditador italiano Benito Mussolini, cujo corpo foi pendurado de cabeça para baixo, em praça pública, ao lado da amante, ambos expostos à execração popular.
Quando os soviéticos chegaram, acharam restos carbonizados, mas uma parte da mandíbula e uns dentes permitiram a identificação e a confirmação da morte em 30/4/1945.