A Apple deu uma resposta às críticas sobre radiação do IPhone 12 na Europa. A empresa anunciou que atualizou o modelo e vai avaliar se as providências são suficientes ou se algo mais será necessário.
Em meio ao lançamento do iPhone 15, a Apple teve que conviver com questionamentos referentes ao smartphone lançado em outubro de 2020. Veja o que aconteceu.
O alerta começou na França. A Agence Nationale des Fréquences (ANFR), que regula a radiação em produtos na França, determinou a suspensão das vendas do celular.
O órgão alegou que a taxa de absorção específica (SAR) era mais alta do que a permitida.
A preocupação, inclusive, começou a se estender por outros países ao redor do mundo.
O smartphone, de acordo com o regulador, excede os limites de exposição à radiofrequência.
A investigação do telefone apontou uma taxa de 5,74 watts por quilograma durante os testes, que simulam o aparelho na mão ou guardado no bolso.
O padrão para o SAR na união europeia é de 4,40 watts por quilograma.
A ANFR informou que enviaria agentes às lojas da Apple e distribuidores para verificar se modelo não estava mais sendo comercializado.
O órgão ainda disse que esperava que a Apple "utilizasse todos os meios disponíveis para pôr fim ao não cumprimento" e que a omissão de ação resultaria no recall dos aparelhos vendidos aos consumidores.
O que disse a Apple? A empresa americana disse que estava colaborando com o regulador e apresentou vários resultados internos e independentes mostrando que o dispositivo estava conforme todos os padrões e regulamentos para segurança global de SAR.
A Apple, inclusive, publicou no seu site os valores SAR da sua linha de celulares, incluindo, o iPhone 12.
Os reguladores impõem limites à quantidade de radiação electromagnética que os celulares podem emitir.
O objetivo é prevenir efeitos adversos para a saúde.
Os aparelhos passam por vários testes antes de chegar às mãos dos consumidores.
Depois de vários estudos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que "nenhum efeito adverso à saúde foi estabelecido ou causado pelo uso de telefones celulares."
O ministro francês para a economia digital, Jean-Noel Barrot, disse que a atualização de software seria suficiente para resolver os problemas de radiação ligados ao telefone.
Em entrevista ao Le Parisien, Barrot disse que esperava "uma resposta da Apple em duas semanas."
Uma ordem para recall de todos os iPhone 12 em circulação não foi descartada na França, segundo o ministro. A ANFR iria testar a nova atualização da Apple, assim que ficasse disponível.
Outros países também monitoram o movimento: Bélgica, Alemanha e Itália.
No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) informou que vai apurar se o nível de radiação emitida pelo aparelho está dentro das normas do país.