Após 15 horas de esforço, socorristas resgataram 1 adulto e 7 crianças num teleférico no Paquistão. O FLIPAR mostrou essa situação e republica para quem não viu.
O incidente assustador foi seguido de uma operação de resgate dramática, que paralisou o país entre 22 e 23 de agosto.
Os alunos e o professor responsável pelo passeio ficaram dentro da cabine suspensa a 274 metros de altura.
Na terça 22/8, devido à falta de visibilidade, as autoridades decidiram interromper temporariamente as operações de resgate por helicóptero -- são oito horas a mais em relação ao Brasil.
Em contato por telefone com uma TV local, o professor implorou por pressa: nossa situação é precária, pelo amor de Deus, faça alguma coisa. Ele disse que os alunos nem sequer tinham água potável na cabine.
Dois helicópteros do exército paquistanês participaram da operação.
Os socorristas conseguiram entregar remédios para enjoo e medicamentos para o coração.
Segundo o agente de resgate Shariq Riaz Khattak, uma das crianças chegou a desmaiar por conta do medo e do calor.
O incidente aconteceu depois que um cabo se rompeu enquanto o grupo seguia para a escola em outra região do distrito de Battagram.
Por conta da região montanhosa, cerca de 150 alunos usam o teleférico diariamente. É o único meio de transporte que faz esse trajeto.
Segundo as autoridades, as crianças resgatadas estão recebendo cuidados médicos, mas o estado de saúde é considerado bom.
O resgate foi considerado perigoso devido aos ventos fortes e à fragilidade da cabine.
A equipe militar encarregada da operação tentou salvar os passageiros em pelo menos quatro ocasiões, porém sem sucesso.
Na primeira tentativa, eles começaram a içar uma das crianças, mas interromperam a ação devido ao risco de desestabilização da cabine do teleférico.
O principal receio é que o vento causado pelo helicóptero agitasse demais a cabine e a tornasse instável.
O resgate foi considerado uma corrida contra o tempo já que, por volta das 13h30 (horário de Brasília), os sobreviventes já estavam presos havia mais de 14 horas, pendurados.
Um oficial disse que a escuridão e o mau tempo estavam tornando a situação mais arriscada, e a cabine do teleférico começava a vibrar quando o helicóptero se aproximava.
A comoção foi grande e centenas de aldeões se aglomeraram próximo a uma encosta montanhosa para acompanhar o resgate.
A altura em que a cápsula se encontrava chega a ser quase do tamanho da Torre Eiffel ou do One Tower prédio mais alto do Brasil.
"Fornecemos refeições e água para os alunos presos e estamos pensando em outras opções de resgate", disse Sonia Shamroz, uma das coordenadoras da operação.
Depois do incidente, o primeiro-ministro do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, anunciou o fechamento de diversos teleféricos que estão com falta de manutenção.
Também instruí as autoridades a realizar inspeções de segurança de todos esses teleféricos privados e garantir que sejam seguros para operar e usar, escreveu Kakar no Twitter.