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Policiais do RJ são acusados de negociar drogas com o tráfico


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Escândalo no Rio: nesta semana, a Polícia Federal conduziu duas operações visando policiais civis suspeitos de escoltar e comercializar drogas para traficantes.

Tomaz Silva Agência Brasil

Imagens das câmeras de segurança obtidas pelo Fantástico capturaram detalhes da ação criminosa realizada pelos agentes.

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Um caminhão frigorífico, contendo 16 toneladas de maconha, que partia de Mato Grosso para o Rio de Janeiro, foi interceptado por dois veículos da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.

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Segundo a reportagem, o Serviço de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal já estava monitorando essa mesma carga de maconha.

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Já perto da cidade do Rio de Janeiro, em um posto policial na BR-116 também conhecida como Rodovia Presidente Dutra , o caminhão e os dois veículos da Polícia Civil foram interceptados.

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De acordo com a PRF, quando questionados sobre o conteúdo do carregamento, os policiais civis afirmam que a carga já havia sido confiscada e que o motorista estava detido.

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Uma das câmeras no posto de pedágio registrou a imagem do policial Alexandre da Costa Amazonas, suspeito de estar envolvido no esquema.

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Após passar pelo pedágio, o destino era a Cidade da Polícia, onde as delegacias especializadas do Rio de Janeiro estão localizadas.

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De acordo com a investigação, lá estava prevista uma negociação com a principal facção criminosa do estado para recuperar a droga. Algumas horas mais tarde, o motorista do caminhão seria liberado.

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Todo esse enredo orquestrado pelos policiais civis começou a se desfazer quando o motorista refez o trajeto de volta para Campo Grande, usando o mesmo caminhão, e se deparou novamente com a Polícia Rodoviária Federal.

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Os agentes federais estranharam o fato de que o motorista do caminhão havia sido detido por tráfico de drogas.

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O caminhão retornou já sem escolta, o que fez com que os policiais novamente abordassem aquele caminhão. Conversando com o motorista, identificaram alguns elementos que eram muito inconsistentes, disse Alexandre Castilho, porta-voz da Polícia Rodoviária Federal.

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Dessa vez, o caminhão e o motorista foram levados até a sede da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro. Os agentes realizaram uma investigação e encontraram rastros da carga de maconha.

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A investigação foi transferida para a Polícia Federal que, em dois meses, conseguiu identificar alguns dos envolvidos.

Daniel M S - Flickr

Na quinta-feira (19/10), quatro policiais civis e um advogado que colaborou na negociação para liberar a droga foram detidos depois de uma denúncia do Ministério Público Estadual.

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De acordo com as investigações, as 16 toneladas de maconha que estavam no caminhão foram parar nas mãos da principal facção criminosa do Rio de Janeiro, que desembolsou R$ 300 mil pelo resgate da droga.

wikimedia commons Acediscovery

A Polícia Federal descobriu que o carregamento pertencia a um traficante do Complexo do Alemão.

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O motorista relatou em seu depoimento que os policiais saíram da Cidade da Polícia escoltando o caminhão com dois carros e uma caminhonete, indo ao encontro do advogado que estava envolvido na transação.

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A partir desse ponto, seguiram com a carga até a Favela de Manguinhos, localizada na Zona Norte do Rio.

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O motorista relatou que permaneceu no caminhão enquanto descarregavam a mercadoria, e esse processo levou aproximadamente três horas.

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E não parou por aí: um dia após essa ação, a PF retornou às ruas do Rio de Janeiro em uma operação que acusa três inspetores e um delegado de desviar 280 kg de cocaína que seriam enviados para a Europa. Essa investigação teve início no ano de 2020.

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Acontece que a Polícia Federal estava monitorando um carregamento de 500 kg de drogas, mas apenas 220 kg foram apreendidos e registrados.

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Em mensagens divulgadas pelo Fantástico, o próprio criminoso dono da carga, identificado como Leonardo Serro, ficou surpreso: Roubaram 280 kg. Só apresentaram 220 kg. Bando de ladrão.

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Eu considero agente do Estado travestido de agente do Estado de polícia que comete o crime como como esse, muito pior do que o bandido, declarou o delegado Júlio Danilo.

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Segundo a TV Globo, nem a defesa dos policiais civis investigados e nem do advogado preso quiseram se manifestar.

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