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Eleição argentina mobiliza seguidores de Lula e Bolsonaro


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O peronista Sergio Massa e o ultraliberal Javier Milei disputam o segundo turno da eleição presidencial da Argentina.

Divulgação

Massa, candidato governista, surpreendeu ao contrariar as projeções e terminar o primeiro turno na frente com 36,7% dos votos válidos contra 30% Milei.

Casa Rosada Argentina/Wikimedia Commons

O pleito na Argentina é acompanhado com extremo interesse no Brasil por tratar-se do terceiro maior parceiro comercial do país.

Lars Curtis wikimedia commons

O governo Lula e o bolsonarismo, seu principal opositor, têm se mobilizado direta ou indiretamente em relação à disputa argentina.

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Sergio Massa, que é ministro da Economia do governo do presidente Alberto Fernández, lembrou haver "simpatia mútua" com Lula e integrantes de sua equipe, como Fernando Haddad.

Ricardo Stuckert/PR

De acordo com jornal argentino Clarín, Lula teria parabenizado Massa por WhatsApp e o chamado de "meu amigo".

Ricardo Stuckert/Divulgação

Ministros de Lula comemoraram o resultado do primeiro turno. Alexandre Padilha, chefe da pasta de Relações Institucionais, escreveu nas redes sociais: "Parabéns Sergio Massa pela liderança no primeiro turno! Na torcida para que aqueles que desprezam a vida e a democracia sejam derrotados".

Paulo Pinto wikimedia commons

Outros ministros, como Paulo Pimenta (na foto - Secretaria de Comunicação Social), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura familiar) foram na mesma linha.

José Cruz Agência Brasil

De acordo com a Folha de S.Paulo, um grupo de publicitários que participou das campanhas de Fernando Haddad (2018) e Lula (2022) contra Bolsonaro reforçam a equipe de marketing de Sergio Massa.

Reprodução/Instagram

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad declarou acompanhar "com interesse" o processo eleitoral por causa do Mercosul.

Valter Campanato/Agência Brasil

O candidato Javier Milei já afirmou que o "Mercosul deve ser eliminado" e declarou-se contrário à entrada da Argentina no Brics (o oposto do que deseja o governo Lula).

reprodução neura media

Dias antes do primeiro turno, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) enviou mensagem de apoio a Milei.

Antônio Cruz / Agência Brasil

Olá, Javier Milei. Feliz em receber seu livro. Nós, realmente, sabemos o que é melhor para os nossos países. Não podemos continuar com a esquerda. É um apelo que eu faço a todos os argentinos: vamos mudar, e mudar para valer, com Milei. Compromisso meu, hein?! Vou para a tua posse, diz Bolsonaro na mensagem veiculada nas redes oficiais do candidato direitista.

Reprodução/Instagram

Na resposta, Milei agradeceu o apoio de Bolsonaro: Viva a liberdade, cara***".

reprodução bbc brasil

Filho do ex-presidente brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou para a Argentina a fim de engajar-se na campanha de Milei

Youtube/Pânico Jovem Pan

No dia da votação, Eduardo Bolsonaro deu uma entrevista para o canal da TV fechada C5N. Ele foi subitamente interrompido pelos apresentadores quando defendia a liberação de armas a civis (uma das principais pautas do bolsonarismo).

Reprodução/Redes Sociais

Após o resultado do primeiro turno, o parlamentar escreveu no X, antigo Twitter: "Em três anos foi construído um movimento espontâneo, do tipo que não paga manifestantes para irem às ruas. Coisa linda. Com certeza Javier Milei entra neste 2º turno como favorito".

Reprodução/Instagram

Por sua vez, associar Bolsonaro a Milei parece ter se tornado um trunfo para a chapa governista. Nas redes sociais, viralizou vídeo em que o rosto do brasileiro se transforma no do candidato "narcocapitalista".

Reprodução/Redes Sociais

Dezenas de deputados de oposição a Lula, entre eles a bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), assinaram carta pública de apoio a Milei e condenaram o que chamam de "tentativa de interferência do governo brasileiro no processo eleitoral da Argentina.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ascensão política de Milei fez seu partido Liberdade Avança (fundado em 2021) saltar de três para 38 de deputados. No senado, a legenda, que não tinha nenhum assento, conquistou oito na eleição de 22 de outubro.

reprodução

O segundo turno da eleição presidencial argentina está marcado para o dia 19 de novembro.

Joédson Alves/Agência Brasil