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Milicianos causam caos no RJ e prejuízo milionário


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Caos e pânico marcaram a noite desta segunda-feira (23/10) no Rio de Janeiro após bandidos atearem fogo em 35 ônibus e 1 trem na capital.

Reprodução TV Globo

Segundo o g1, o prejuízo financeiro pode ultrapassar os R$ 37 milhões.

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A tendência é que os transtornos para a população que depende do transporte público não se limite ao momento dos ataques e se estendam pelos próximos dias.

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De acordo com dados da Globonews, cerca de 70% das pessoas que se deslocam pelo Rio utilizam os ônibus como meio de transporte principal.

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Na manhã desta terça (24/10), o cenário era de apocalipse, com dezenas de carcaças de ônibus queimados pelas ruas.

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Com menos oferta de ônibus, a manhã desta terça-feira já foi de desespero com pontos lotados e enormes filas. A seguir, entenda todo o caso!

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Tudo começou com a morte de Matheus da Silva Rezende (também conhecido como "Faustão"), de 24 anos, sobrinho do miliciano Zinho.

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Ele morreu após ser baleado durante uma troca de tiros com a Polícia Civil na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

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Segundo a Polícia, Faustão era o segundo na hierarquia da milícia que controla a região e já era investigado por pelo menos 20 assassinatos.

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Durante a troca de tiros, um menino de 10 anos foi atingido de raspão e chegou a ser levado para a UPA de Paciência.

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Em represália à morte do miliciano, vários criminosos começaram a atear fogo em ônibus em vários bairros da Zona Oeste.

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Segundo o Rio Ônibus, este foi o dia com maior número de ônibus incendiados na história do Rio de Janeiro, que já viveu episódios semelhantes em outras ocasiões.

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Além de coletivos de operação municipal, 5 carros do BRT e outros ônibus de turismo também foram queimados.

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Em alguns lugares, carros particulares e pneus também foram incendiados.

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Diversas vias chegaram a ser fechadas por conta da confusão. Bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho foram os mais afetados.

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Cerca de 2,6 milhões de pessoas vivem na Zona Oeste do RJ, o que equivale a aproximadamente 41% da população da cidade inteira. São 40 bairros que ocupam 70% do território total do município.

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Em algumas imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver um ônibus sendo incendiado com dezenas de pessoas ainda dentro.

montagem / reprodução redes sociais

No vídeo, é possível ouvir uma mulher desesperada: tem gente no ônibus, gente do céu. Desce do ônibus. Cadê o motorista?.

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Além dos ônibus, um trem que partia de Santa Cruz sentido Central foi queimado por volta das 18h. O maquinista precisou fugir às pressas.

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Durante os ataques, 12 pessoas foram detidas. No entanto, segundo o governador Cláudio Castro (PL), seis já foram liberados por falta de indícios na participação dos crimes.

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No total, aproximadamente 200 militares de 15 quartéis participaram do socorro na noite desta segunda-feira (23).

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Em determinado momento, a Avenida Brasil, principal via expressa da cidade do Rio, chegou a ficar fechada por conta de veículos atravessados na pista.

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Segundo o g1, por volta das 18h40, a cidade chegou a ficar com 58 km de congestionamento, o dobro da média (29 km) das últimas três segundas-feiras.

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Pelo menos 45 escolas da cidade tiveram problemas, afetando 17.251 estudantes. Em algumas dessas escolas, alunos e professores não saíram para se manterem seguros.

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Faustão é o terceiro membro da família que perdeu a vida em confrontos com a polícia do Rio. Em 2017, o tio dele, conhecido como Carlinhos Três Pontes, morreu durante uma operação realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital.

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Já em 2021, outro tio chamado Wellington da Silva Braga, o Ecko, morreu após resistir à prisão em uma residência em Paciência, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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Depois da morte do irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, tomou o posto de liderança da maior milícia do estado do RJ.

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