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Mulher é internada em caso raro de envenenamento por Ornitorrinco


Flipar

Em Kingston, na Austrália, uma mulher decidiu ajudar um ornitorrinco ferido no meio fio e, sem nenhuma proteção, conduziu o mamífero semiaquático com as mãos. No entanto, Jenny Forward necessitou ser internada com intensa dor, em virtude das toxinas do animal. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu.

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De acordo com a Bonorong Wildlife Sanctuary, casos de envenenamento por ornitorrincos são raros na Austrália. Nos últimos 20 anos, foram relatados apenas cinco, um número considerado baixo.

Reprodução/Jessica Davies

Com a baixa quantidade de casos, as equipes médicas deverão revisitar a literatura científica para saber como conduzir as necessidades de Forward. Mesmo o veneno sendo doloroso, não é letal para o ser humano.

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O veneno do ornitorrinco não é fatal para os humanos, mas, dependendo do grau de envenenamento, pode causar inchaço localizado grave e dor insuportável que diminui gradualmente ao longo de algumas semanas, afirma a Australian Platypus Conservancy (APC), após o acidente em Kingston.

Manuel ROMARIS - Flickr

Existem pelo menos quatro exemplos de mamíferos na natureza que são venenosos. Dentre eles, estão o musaranho, o lóris-lento, o almiqui e o ornitorrinco. Na espécie Ornithorhynchus anatinus, somente os machos têm esporões, de 1,5 centímetros, nas patas traseiras conectados a glândulas de veneno. Elas aparecem na época de acasalamento, na competição pelas fêmeas.

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Há um grande desconhecimento sobre a vida dos ornitorrincos, que apesar de ser associados a ambientes aquáticos, costumam se alimentar na água, dormem em tocas terrestres e andam diariamente.

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Os ornitorrincos viajam longas distâncias em terra e também usam as áreas de drenos das rodovias [para se locomover], afirma Greg Irons, diretor do Bonorong Wildlife Sanctuary, para o canal ABC News. Então, é possível observá-los em estradas, estando 100% saudáveis.

Divulgação

Segundo especialistas, caso viaje para a Austrália e encontre um ornitorrinco ferido, grave vídeos, tire fotos e envie a equipes responsáveis por resgate de animais selvagens.

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Ao relatar a tentativa de resgate, Forward disse que sentiu uma dor repentina e insuportável e, logo, percebeu que o esporão estava fixado em sua mão.

Divulgação/Jenny Forward

Foi como se alguém tivesse esfaqueado [minha mão] com uma faca, explica. Para ela, a dor era definitivamente pior que um parto". Apesar disso, ela retirou o esporão, colocou o ornitorrinco no carro e foi buscar ajuda para os dois.

Divulgação/Jenny Forward

No tratamento, a equipe médica receitou analgésicos e antibióticos. A ferida causada pelo animal passou por uma limpeza e foi suturada, com alguns pontos. Forward, porém, explicou que a dor e o inchaço não passaram mesmo após uma semana.

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Vale ressaltar que o veneno de ornitorrinco não se propaga pelo corpo ou causa febre, náuseas, sangramentos espontâneos e dificuldade respiratória. Não é necessário um procedimento similar aos de picadas por cobras e aranhas, e o foco é apenas no alívio dos sintomas.

Facebook/Australian Platypus Conservancy

No momento, não existe um antídoto aprovado para esse tipo de veneno. É utilizado somente anestésicos que bloqueiam os nervos, como a bupivacaína, que também visa diminuir a dor.

Facebook/Australian Platypus Conservancy

O ornitorrinco é um mamífero australiano pertencente à Ordem Monotremata, apresentando como principal característica o fato de ser um mamífero que põe ovos. Ele é um animal carnívoro que se alimenta de pequenos animais, como insetos e camarões.

David Clode/Unsplash

As fêmeas escavam tocas e fazem a postura de um a três ovos semelhantes ao dos repteis, de casca meio escamosa. Quando os filhotes nascem com cerca de 18 milímetros se alimentam lambendo o leite que escorre das glândula nos pêlos e se deposita na barriga da mãe, já que ela não possui mamas, explica o biólogo Dhiordan Lovestain.

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Eles usam o veneno para atacar outros machos durante a época de acasalamento. Embora não seja letal para humanos, causa extrema dor local, afirma.

Facebook/Bonorong Wildlife Sanctuary

A Australian Platypus Conservancy é uma uma organização não governamental e sem fins lucrativos dedicada à conservação do ornitorrinco. Os estudiosos procuram descrever as principais ameaças para o animal, assim como foca em garantir a sobrevivência da espécie.

Divulgação/ Australian Platypus Conservancy

Fundada em 1994, a organização ambiental, Australian Platypus Conservancy procura conservar o ornitorrinco e seus habitats de água doce. Além disso, realiza ações comunitárias para fortalecer as populações de ornitorrincos e ratos-d'água australianos (ou rakali). 

Facebook/ Australian Platypus Conservancy

Bonorong é um santuário para a vida selvagem administrado por uma equipe apaixonada pela vida selvagem. Por lá, existem animais que foram extintos há muito tempo em outras partes da Austrália.

Divulgação/Bonorong Wildlife Sanctuary

Além do foco na preservação de animais selvagens do país, o Santuário oferece treinamento gratuito para os membros da comunidade interessados nos conceitos básicos de resgate e transporte de vida selvagem.

Facebook/Bonorong Wildlife Sanctuary

O nome 'BONORONG' é derivado de uma palavra aborígene que significa 'companheiro nativo'.

Facebook/Bonorong Wildlife Sanctuary

Bonorong Wildlife Sanctuary oferece cursos credenciados nacionalmente na área de treinamento em cuidado e manejo de animais há mais de dez anos.

Facebook/Bonorong Wildlife Sanctuary