No dia 24/4, comemorou-se o aniversário de 33 anos do lançamento do telescópio espacial Hubble. O FLIPAR mostrou e relembra a história desse equipamento especial.
O Hubble é um satélite, ou seja, um objeto celeste que orbita em torno de um planeta. No caso, a Terra. Os satélites, como a lua, costumam ser naturais. O Hubble, porém, é artificial.
O Hubble é um telescópio, ou seja, um instrumento que permite alongar a visão humana. O telescópio Hubble está dentro de um ônibus espacial chamado Discovery.
Por ser um satélite, ele gira em torno de um planeta ou um corpo maior. No caso, como já destacado, é o planeta Terra. O Hublle demora cerca de 100 minutos para dar uma volta no planeta. Ele está a cerca de 600 km da superfície do planeta.
O Hubble é o primeiro dos quatro enviados pela NASA na missão Grandes Observatórios Espaciais (Great Observatories Program). Eles se localizam em lugares diferentes no universo, para contribuir para os estudos da agência espacial norte-americana.
Depois do Hubble, a NASA soltou o Observatório de Raios Gama Compton (1991-2000); o Observatório de Raios-X Chandra (1999) e o Telescópio Espacial Spitzer (2003).
O telescópio Hubble capta energia através de dois painéis solares, cada um com 30 metros quadrados. Ele pesa aproximadamente 11 toneladas, o equivalente a 11 mil quilos.
O Hubble tem ainda 13,2 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro. Dentro do telescópio, há um espelho/refletor de 2,40 m de diâmetro.
Assim, ele gera imagens para a NASA. Especialistas falam que a contribuição do telescópio para a ciência é equivalente à invenção do telescópio, no Século XVII.
Entre outras ajudas, o Hubble colaborou para a identificação de buracos negros e detecções de planetas além do Sistema Solar.
O telescópio também foi responsável por nos apresentar cerca de 1500 galáxias. Até então, apenas uma, a nossa (Via Láctea), era conhecida. Suas imagens também ajudaram a entender mais sobre a formação e a morte das estrelas.
São milhares de revelações feitas pelo telescópio. O Hubble, por exemplo, mostrou imagens de colisões entre galáxias. O telescópio é capaz de mostrar uma bola de futebol a 50 km de distância.
O Hubble foi construído entre os anos 1970 e 1980. O nome é uma homenagem ao astrônomo americano Edwin Powell Hubble. Ele é considerado um dos maiores nomes da história da astronomia.
Uma de suas grandes contribuições para a astronomia foi demonstrar a movimentação das galáxias. Elas estão sempre se afastando uma das outra, conforme o estudo de Hubble.
Estima-se que o Hubble deixe de funcionar entre 2030 e 2040. Por isso, a NASA já preparou um substituto, o Telescópio Espacial James Webb, lançado em dezembro de 2021. Este, porém, deve ter uma vida útil menor e cair entre 5 e 10 anos.
Curiosamente, o Hubble já veio para órbita algumas vezes, sempre para receber manutenção da NASA. O telescópio e a nave espacial funcionam sem a participação de astronautas.
A NASA tem sede em Washington, mas o monitoramento do Hubble, assim como do James Webb, é feito no Space Telescope Science Institute, na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, cidade a 60 km da capital americana.
A NASA é um programa do governo federal americano. Ele foi criado em 1958 e é referência em estudos de astronomia. Na década de 1960, ela enviou o primeiro homem à lua: Neil Armstrong.