Aranhas, cobras e escorpiões são animais que causam medo e repulsa. E alguns têm a capacidade de matar as pessoas rapidamente, em caso de picada.
O Museu Serpentário de Botucatu, no interior de São Paulo, é um dos espaços culturais do Brasil que reúne espécies para conhecimento do público. Ele foi reaberto em junho de 2022, após dois anos fechado, por causa da pandemia.
O museu pertence ao Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Unesp, a Universidade Estadual Paulista. E fica na Fazenda Experimental de Lageado, a 5 km do Centro de Botucatu. Tem cerca de 100 espécies de animais peçonhentos.
Veja as espécies mais perigosas, cujo veneno age rapidamente, dando poucas chances às vítimas.
Aranha-marrom - É pequena, com 4 cm, e fica escondida em cascas de árvores e folhas secas. Sua picada provoca necrose. A pessoa tem febre, inchaço e pode sofrer problemas graves nos rins.
Aranha-armadeira - Essa espécie é encontrada no Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Tem patas grandes, de até 15 cm. E corpo de quase 5 cm. O veneno causa dor intensa e pode resultar em impotência sexual definitiva.
Viúva-negra - Tem esse nome porque a fêmea mata o macho após a cópula. Cerca de 75% das picadas injetam pouco veneno, causando apenas dor. Mas, em casos mais graves, há risco de taquicardia, hipertensão, impotência sexual, náusea e problema urinário.
Escorpião-marrom - Esta espécie possui uma toxina muito nociva. Ele tem cerca de 6 cm de comprimento e tonalidade escura. É encontrado em áreas rurais e se esconde em madeira ou entulho.
Escorpião-amarelo - Seu veneno é ainda mais forte que o do escorpião-marrom. Ele mede cerca de 7 cm. Ambas as espécies podem causar danos ao sistema nervoso, dor, bolhas na pele, tosse, vômito e falta de ar.
Já entre as cobras, a mais venenosa do Brasil é a Cobra-Coral Verdadeira. Ela atacou um menino de 6 anos, recentemente, em Santa Catarina. Sua toxina se espalha pelo sistema nervoso e o socorro tem que ser rápido, com soro antielapídico.
Surucucu pico-de-jaca - É a maior cobra venenosa da América: até 3m de comprimento. Tem manchas pretas em formato de losangos. A ponta da causa tem escamas e a extremidade que faz lembrar um espinho. Seu veneno causa hemorragias
Cascavel - Possui um chocalho na cauda e o número de anéis no guizo revela a quantidade de trocas de pele da cobra. Seu veneno afeta o sistema circulatório.
Jararaca-de-Alcatrazes - Mede apenas cerca de 50 cm de comprimento, mas seu veneno é considerado 10 vezes mais forte se comparado a outras espécies de jararacas . A toxina causa paralisia nervosa na vítima
Jararaca-Ilhoa - O veneno dessa cobra é extremamente tóxico, mas afeta com mais gravidade as aves do que os mamífero. Mas ela só existe na Ilha da Queimada Grande, cuja visitação é proibida devido à infestação por serpentes, no litoral paulista.
Jararaca-Cruzeira - Pode medir até 1,15 metro de comprimento. Tem tonalidades cinza e marrom com manchas triangulares no corpo. Seu veneno causa dor aguda, vômitos e desmaios
Jararacuçu - Pode medir até 2,2 metros de comprimento. Seu veneno é capaz de provocar insuficiência circulatória e respiratória, hemorragia intracerebral e falência renal.
Caiçara - É considerada uma das cobras mais agressivas do Brasil. Seu bote é rápido e pode alcançar as partes superiores do corpo da vítima. Seu veneno pode destruir fibras musculares e tecidos da pessoa picada.
Cotiara - É muito agressiva e ataca facilmente. Tem porte médio, com desenhos de trapézio, barriga preta e coloração castanha ou esverdeada. Em geral, se alimentar de mamíferos. O veneno dela causa necrose no local da picada.