Novas imagens obtidas e divulgadas pelo "Fantástico", na TV Globo, mostram a mulher que sequestrou um bebê recém-nascido no Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, Cauane Malaquias de Costa, de 19 anos, passou 12 horas dentro da unidade de saúde, esperando por uma chance de levar uma criança para casa.
Ela carregava bolsas e disse que visitaria um paciente no quarto 307 (que não tinha ninguém). O FLIPAR contou essa história. Veja só como foi.
Um bebê de um dia de vida que havia sido roubado de dentro da maternidade no centro do Rio de Janeiro, na madrugada do dia 1/10, foi encontrado pela polícia de manhã.
Ravi, de um dia de vida, foi roubado na maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda durante a madrugada. A avó paterna, que estava com a mãe do bebê na enfermaria, acordou às 2h10 (de Brasília) e percebeu o sumiço.
A avó entrou em contato com o filho, que ligou para a Polícia Militar em busca da criança. Em entrevista, ela contou que o momento de relaxamento durou 10, 15 minutos.
Outras quatro crianças recém-nascidas e suas mães dormiam na enfermaria no momento do sumiço.
A Polícia Civil analisou imagens de monitoramento e identificou uma mulher suspeita de envolvimento no desaparecimento de Ravi.
O acesso ao hospital, então, ficou restrito a pessoas autorizadas e todos se mobilizaram para achá-lo.
Na câmera de segurança foi possível ver uma mulher saindo da enfermaria com três bolsas grandes, à 1h57. Segundo a polícia, a mulher ficou 12 horas na maternidade.
Vinícius, tio de Ravi, criticou brechas de segurança na maternidade: 'Eu consegui ter fácil acesso aqui. Me causa muita estranheza uma mulher entrar em uma enfermaria com bolsas e não ter nenhuma vigilância'.
Funcionários da unidade de saúde afirmam que Cauane pode ter entrado por uma das varandas.
A maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda já recebeu diversas denúncias de pacientes. Em 2019, o 'G1' publicou reportagem sobre relatos de negligência.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que vai rever os protocolos de segurança e tomar as providências necessárias.
A partir da identificação da suspeita, a Polícia Civil informou à PM que a mulher entrou em uma casa no Morro do Borel, na Tijuca, na zona norte do Rio
O Borel fica a 10km da maternidade. A comunidade tem cerca de 20 mil habitantes e é conhecida por muitas pessoas fora do Rio por causa do carnaval. Afinal, o Borel é o berço da escola de samba Unidos da Tijuca.
Em seguida, policiais da UPP da comunidade foram até o local e encontraram a criança com Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos.
O bebê foi resgatado e Cauane foi presa em flagrante.
Segundo o delegado Mario Jorge Andrade, a mulher disse a pessoas no hospital que estava acompanhando a paciente do quarto 307. Porém, o cômodo estava vazio e as suspeitas caíram sobre ela.
A polícia já sabe que Cauane esperou durante horas até ter a chance de pegar o bebê. Ela vai responder por subtração de incapaz, com pena de até seis anos em caso de condenação.
Ao ser informado de que o neto foi encontrado, às 8h20, o avô de Ravi, aliviado, ajoelhou no chão e agradeceu emocionado.
O pai de Ravi, Matheus Cunha, mostrou toda sua felicidade: 'Quero ficar 24h abraçado com ele e minha esposa'.
No fim da manhã, Ravi voltou aos braços da mãe para a felicidade da família.
Posteriormente, o bebê passou por exames. A família ficou preocupada com a possibilidade de a mulher ter dado algo ao neném. Mas mãe e filho passam bem. Tiveram alta.