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Preso por engano, homem é impedido de terminar prova do Enem


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Um homem foi preso por engano quando fazia prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023.

Fábio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil

O caso aconteceu na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, capital de Pernambuco.

Reprodução/Facebook

Marcos Antonio Gomes da Silva, de 50 anos, contou à reportagem da TV Globo que foi obrigado a deixar a sala sem completar a prova.

ReproduçãoT/V Globo

A coordenadora da prova o informou que deveria deixar a sala no momento em que ele preenchia a 30ª questão. Em seguida, a funcionária pediu que Gomes da Silva assinasse um documento.

Jannoon 028 por freepik

Policiais militares foram até a escola com um mandado de prisão contra um homem com o mesmo nome e data de nascimento do candidato.

Domínio público

"Eu estranhei quando cheguei no pátio da escola e me deparei com dois policiais militares que disseram que tinham um mandado de prisão no meu nome. Entrei em estado de choque, fiquei sem entender a situação", afirmou.

Reprodução/TV Globo

Ao conferirem o documento de identificação de Gomes da Silva, os policiais constataram que o nome de seus pais não batiam com os da pessoa procurada, que é paraibana (outra divergência de dados).

Marcelo Camargo Agência Brasil

Ainda assim, os agentes não permitiram que ele retornasse à sala para terminar a prova. "Tentei argumentar, mas não tive apoio da coordenação do Enem", contou.

Divulgação

Ele foi conduzido ao Instituto de Identificação Tavares Buril, no centro de Recife, para checagem das impressões digitais.

Divulgação/Governo de Pernambuco

No local, ficou demonstrado que as digitais de Gomes da Silva não correspondiam às do homem procurado.

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O candidato dirigiu-se à Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, para fazer boletim de ocorrência com queixa por danos morais, já que foi impedido de encerrar a prova.

Reprodução

"É irreparável. A gente se prepara, tem um sonho, e, de repente, uma falha acaba com tudo", lamentou Gomes da Silva, que trabalha como vendedor.

Agência Brasil

O candidato declarou que, devido ao abalo psicológico e emocional por que passou, não sabe se conseguirá fazer a prova novamente.

Antonio Cruz/Agencia Brasil

"Estou desestabilizado, foi uma situação constrangedora. Várias pessoas presenciaram a situação, e, até que se prove o contrário, as pessoas têm um olhar negativo", explicou.

Reprodução/TV Globo

Allan Negreiros, advogado do vendedor, disse que ingressará na Justiça com pedido de indenização por danos morais.

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Antes, o advogado explicou que buscará informações do caso na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) para "saber saber de onde saiu a ordem de conduzir o senhor Marcos mesmo diante de uma dúvida sobre a sua identidade".

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Negreiros afirmou que nesse contexto o candidato poderia ter feito a prova sob custódia e, ao fim, ter sido conduzido até o local de coleta das digitais.

Divulgação

A Polícia Federal declarou à Rede Globo que Gomes da Silva teve o CPF "utilizado indevidamente pelo verdadeiro procurado".

Divulgação Polícia Federal

"Agora a apuração corre para entender o motivo do CPF dele constar no mandado, sendo que o CPF é um número único de identificação e ficou provado que o candidato não é a pessoa procurada", detalhou a PF.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Enem, afirmou que o candidato não pode retomar a prova porque já haviam vencido as duas horas iniciais previstas.

Reprodução TV Globo