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Tempestade solar pode parar internet mundial em 2024; entenda


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Vários cientistas têm demonstrado preocupação com relação a uma gigantesca tempestade solar que poderia causar um "apocalipse" na internet, que poderia durar meses.

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Esse fenômeno é causado por explosões solares que lançam massa coronal (EMC) em direção à Terra, afetando o campo magnético do planeta, de acordo com especialistas.

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Durante uma emissão de EMC, ocorrem enormes erupções de gás ionizado a temperaturas elevadas, originadas na coroa solar.

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Quando esse gás atinge o campo magnético da Terra, pode provocar tempestades geomagnéticas, prejudicando as comunicações e as instalações elétricas.

wikimedia commons Marco Antonio Manzotti Nascimento

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), a previsão mais recente sugere que o ápice da atividade solar ocorrerá em 2024, um ano antes do previsto inicialmente.

domínio público

Alguns especialistas consideram que isso representa uma ameaça significativa para os seres humanos.

Ryoji Iwata Unsplash

Em 2020, no início do ciclo atual, a NOAA participou de um grupo com várias instituições científicas, cada uma com suas previsões.

Department of Commerce / Office of the Secretary 1913

No evento, os cientistas que observam o comportamento do Sol notaram um aumento nas manchas solares, muito além das previsões iniciais.

divulgação / Goddard Space Flight Center

O ciclo solar, que geralmente dura cerca de 11 anos, passa por três fases:

wikimedia commons David Chenette, Joseph B. Gurman, Loren W. Acton

Mínimo Solar: Nessa fase, o Sol tem pouquíssima atividade.

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Máximo Solar: É o período em que o Sol está mais ativo.

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Declínio: Durante essa fase, a atividade solar diminui e então retorna ao próximo mínimo solar.

wikimedia commons Paul Stewart

Observar as manchas solares e suas erupções é útil para os cientistas preverem as tempestades solares com antecedência, geralmente entre dois a quatro dias antes a depender da velocidade das partículas expelidas.

divulgação / nasa

Segundo o professor Peter Becker, da Universidade George Mason, a Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e agora está entrando em uma época mais ativa.

reprodução tv globo

O professor esclareceu que essa supertempestade já aconteceu uma vez, em 1859, mas tem um porém: É a primeira vez na história da humanidade que houve uma interseção do aumento da atividade solar com a nossa dependência da internet, disse.

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Atualmente, o professor está liderando um projeto em colaboração com o Naval Research Laboratory para desenvolver um sistema de alerta que ofereça tempo para o caso de uma tempestade solar perigosa se aproximar.

wikimedia commons United States Navy

Segundo ele, o período de reação é curto. Depois de uma EMC potente que pode ter várias velocidades são apenas de dois a quatro dias para tomar medidas e reduzir os impactos.

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Se nuvens de plasma atingem a Terra, o campo magnético age como uma proteção. No entanto, essa interação pode gerar um excesso de carga elétrica que vai direto para o solo.

Earth Science and Remote Sensing Unit, Lyndon B. Johnson Space Center

Caso haja necessidade, governos, empresas e instituições terão apenas alguns dias para tomar medidas e evitar um desastre tecnológico.

Imagem de Bruno Germany por Pixabay

O professor adverte que os sistemas de aterramento não solucionam a questão. "Conduzir correntes indutivas para a superfície da Terra pode ter um efeito oposto, resultando na possibilidade real de danificar o que originalmente estava seguro", explica.

Imagem de Rushan Ziatdinov por Pixabay

Se colocar isso no contexto do auge da internet, com seus eletrônicos muito delicados, é algo que poderia fritar o sistema por um período de várias semanas a meses, em termos do tempo que levaria para reparar toda a infraestrutura, comentou o professor.

Imagem de Pete Linforth por Pixabay

Todos os interruptores eletrônicos, todos esses armários eletrônicos em todos esses prédios de escritórios. Isso tudo poderia fritar, completou.

imgix Unsplash

De acordo com Becker, há cerca de 10% de probabilidade de que, na próxima década, algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet.

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