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Um ano após colisão, embarcações continuam abandonadas no RJ


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Um ano depois que um navio à deriva colidiu com a Ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, várias embarcações continuam abandonadas na Baía de Guanabara.

Reprodução TV Globo

De 51 navios abandonados que foram identificados, apenas seis foram retirados até a data de hoje (16/11/23).

Tânia Rêgo - Agência Brasil

A Baía de Guanabara tem sido o local de descanso para barcos abandonados ao longo de décadas.

Divulgação

Após um navio de mais de 60 toneladas ser arrastado por ventos fortes e colidir com a ponte, seis instituições se comprometeram a realizar as operações de remoção. São elas:

reprodução

Portos Rio; Capitania dos Portos do Rio de Janeiro; Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar; Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade; Prefeitura de Niterói e Inea.

Reprodução

Segundo a CPI das Embarcações, promovida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), existe uma falta de comunicação entre os órgãos responsáveis pela retirada dos navios.

Reprodução TV Globo

Segundo a comissão da Alerj, as autoridades não parecem interessadas em acelerar as remoções, principalmente porque muitas das embarcações são feitas de madeira, um material de pouco valor comercial.

Reprodução TV Globo

A CPI está exigindo um plano de remoção para as 45 embarcações ainda à deriva. Além disso, há relatos de que as estruturas estão sendo usadas por criminosos para armazenar drogas e armas.

Reprodução TV Globo

A Portos Rio informou que o cronograma estabelecido para a retirada das 51 embarcações é de 18 meses, começando a contar de maio de 2023.

Reprodução TV Globo

O trabalho de retirada começou em 17/05, coordenado conjuntamente pela Portos Rio, Secretaria de Energia e Economia do Mar e pelo Instituto Estadual do Ambiente.

Reprodução TV Globo

A expectativa era de que todas as embarcações fossem retiradas até o fim do primeiro semestre de 2023. A Baía ganhou o apelido de "Cemitério de Navios" por causa desse abandono. Relembre o caso!

Reprodução TV Globo

A colisão de um navio à deriva na Ponte Rio-Niterói, em 14/11/2022, provocou transtornos no trânsito e acendeu o alerta sobre o perigo das embarcações abandonadas na Baía de Guanabara.

Reprodução de vídeo G1

A ponte ficou totalmente fechada na segunda-feira da colisão, das 18h25 às 21h33. Motoristas que passavam pela pista se assustaram quando o navio petroleiro São Luiz se aproximou e atingiu a estrutura. Segundo a Marinha, o navio estava à deriva.

Redes Sociais

Além do vento, chovia bastante. Um motorista, chamado Alexandro Bellote, estava na ponte e falou sobre a situação ao portal G1:

Reprodução TV Globo

"Começou um vento muito forte na ponte. Foi aí que eu vi o navio e achei que ele ia passar direto. Mas, pela altura, logo eu pensei que estava estranho e que não ia passar", começou.

Youtube Canal UOL

"A parte alta bateu forte na ponte. Na hora, meu telefone caiu no chão. Chegou a balançar a ponte. Balançou muito. O carro quase saiu de uma faixa e foi para a outra", completou. 

Reprodução redes sociais de Alexandre Belotte

A ponte foi interditada nos dois sentidos para avaliar se havia risco para os veículos e também para viabilizar a retirada da embarcação. O trânsito só foi totalmente liberado às 10h50 de terça-feira (15/11/22).

Reprodução de redes sociais Alexandre Belotte

O trânsito ficou caótico não apenas na ponte fechada, mas em diversas partes da cidade, onde há acessos para a região.

- Reprodução Cet-Rio

Técnicos da Prefeitura do Rio de Janeiro avaliaram a estrutura e não encontraram avarias que impedissem a reabertura da ponte. Apenas pequenos danos que já foram reparados.

Reprodução de vídeo G1

O navio petroleiro estava ancorado na Baía de Guanabara desde 2016 por causa de um processo judicial. No entanto, segundo a Marinha, a âncora não resistiu aos fortes ventos.

reprodução de vídeo G1

A embarcação foi construída em 1994, mede 244,75 metros de comprimento x 42,36 m de largura e tinha a bandeira das Bahamas. Desde 2018, ele estava sem tripulação, por falta de investimento do último comprador.

reprodução de vídeo G1

Em 2020, uma reportagem do RJTV mostrou o estado precário do navio São Luiz, que mais parecia uma sucata no mar. O casco estava com lodo, algas, mexilhões. Muita ferrugem. Estado de abandono.

reprodução TV Globo

Uma vistoria mostrou diversas partes enferrujadas no navio. Em 2019, a Cia. Docas já havia emitido alerta, inclusive, sobre o mau estado da âncora, com risco de a embarcação ficar à deriva como acabou ocorrendo.

Reprodução G1

A Ponte Rio-Niterói começou a ser construída em 1968 e foi inaugurada em 1974, durante a ditadura militar. O nome oficial dela é Presidente Costa e Silva, presidente do Brasil entre 1967 e 1969.

Domínio Público - Wikimédia Commons

A Ponte tem 13km de extensão e liga as duas cidades com quatro pistas em cada sentido.

Twitter @_ecoponte

Em seu ponto mais alto, a ponte tem 72 metros de altura. Há um pedágio no sentido de Niterói e são cerca de 150 mil veículos diariamente. Em época de feriadões, o movimento costuma aumentar.

Twitter @_ecoponte

Além da ponte, há outras duas formas de fazer o trajeto Rio-Niterói. O principal é usando as barcas. Com a ponte interditada, muitas pessoas recorreram às embarcações.

Divulgação CCR

Outra possibilidade é dar a volta por terra pela Baía de Guanabara, passando pela cidade de Magé, na Baixada Fluminense. Esse trajeto tem mais ou menos 70 km e, por isso, quase ninguém o faz.

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