Os últimos dias têm sido de calor intenso em grande parte do território brasileiro. E isso interfere diretamente no lado profissional.
Para amenizar as altas temperaturas, algumas empresas flexibilizaram o "dress code" (conjunto de padronizações e regras que ditam as roupas a serem utilizadas) aos seus funcionários.
Com isso, o uso de trajes mais leves, como bermudas estão liberados. Alguns lugares adotam também o home office para o profissional não "sofrer" no deslocamento para o trabalho.
O "dress code", por lei, pode ser estipulado pelo trabalhador. Mas, caso o funcionário precise usar roupas específicas, como uniforme, a empresa precisa garantir o mínimo de conforto.
"O importante é ter bom senso e medidas preventivas como possibilidade de interrupção do trabalho dependendo do caso e orientações médicas devem ser consideradas com as temperaturas elevadas", explica o advogado Hugo Luiz Schiavo, em papo com o G1.
Empresa de óleo e gás sediada no Rio, a PRIO já está realizando ações para amenizar a situação.
Funcionários do escritório que costumam usam calça e camisa vão poder usar bermudas às sextas-feiras. A medida passará a fazer parte da rotina da companhia.
Uma empresa de seguros, com escritórios em São Paulo e Brasília, permitiu o uso de bermudas o ano todo em dias quentes.
Por conta da onda de calor que vem atingindo o país, a empresa também flexibilizou o home office.
A ideia é minimizar um pouco a exposição ao calor e necessidade de deslocamento. Normalmente, os times se organizam para irem três vezes por semana ao escritório, então flexibilizamos esta necessidade", disse a gerente de RH Tiane Araújo ao G1, que completou:
"É claro que estamos com as portas abertas para aqueles que desejarem trabalhar presencialmente, até para aproveitar o ar-condicionado do escritório."
Uma iniciativa para refrescar os funcionários é a distribuição de picolés no ambiente de trabalho, como acontece na empresa GRB.
"Essa é uma iniciativa corriqueira. Para proporcionar um ambiente agradável aos colaboradores, trazemos algumas ações como esta", disse Pedro Siebra do Prado, coordenador de marketing.
Mesmo com diversas ações para amenizar o calor, algumas áreas possuem "regras" que não podem ser quebradas. É o caso das formalidades na vestimenta, como o terno e gravata.
"Precisa ser razoável do ponto de vista comum e geral das pessoas. Então, quando você pergunta se é razoável dispensar o terno e solicitar o uso de uma roupa social mais leve, para algumas pessoas pode não ter problema. O que o empregador não pode é fazer com que a sua exigência do 'dress code' cause um desconforto no empregado, ou até mesmo um constrangimento", disse a advogada Raquel Nassif Machado Paneque.
Além de ações inovadoras, como a distribuição de picolés, as empresas não podem esquecer das regras que são, digamos, padrão para o bem-estar do funcionário.
Fornecer água de graça e proporcionar um ambiente climatizado, como o uso do ar-condicionado, ajudam na rotina do funcionário.
Lembrando que o calor pode atrapalhar na produtividade do trabalhador. Por isso, é fundamental dar a ele condições para realizar suas tarefas sem se preocupar com o ambiente externo.