Imagina só abrir o caixão de um ente querido morto há muito tempo e tirar o corpo fora para trocar as roupas, tirar selfies e... bater um papo. Parece loucura, mas esse costume é real e o Flipar te conta tudo!
Cenas como essa se repetem aos montes na comunidade dos "toraja", povo que vive no interior da Indonésia.
Enquanto crianças observam, os adultos cavam buracos onde os caixões de seus entes queridos estão enterrados, depois tiram os caixões e abrem as tampas.
Os restos mortais ficam à vista de todos e, de repente, são retirados dos caixões de madeira.
Não é uma exumação como a que ocorre em países como o Brasil. Cada pessoa falecida tem suas roupas trocadas com cuidado por seus familiares, e o túmulo passa por uma minuciosa limpeza.
Cenas semelhantes a essas são realizadas a cada dois ou três anos por inúmeras famílias pertencentes ao grupo étnico dos toraja.
Além de criar um ambiente peculiar de descontração para várias famílias, a prática do maneme ainda passou a ser compartilhada por turistas curiosos que visitam a ilha.
Os habitantes locais acreditam que, ao realizar o ritual, terão boas colheitas.
Após desenterrar os falecidos, é comum as pessoas oferecerem presentes a seus entes queridos que já se foram, como comidas e bebidas que eles apreciavam.
O clima é tão leve que , às vezes, os locais até acendem cigarros e os colocam na boca dos corpos sem vida.
Muitas pessoas tiram fotos ao lado dos falecidos e os levam para passear pela vila.
Para a comunidade, é uma espécie de reencontro com seus entes queridos. Ao fim da cerimônia, os mortos são colocados de volta em seus túmulos.
As áreas onde os túmulos estão localizados contam com estátuas, conhecidas como "tau tau", que representam os mortos.
Essas estátuas são colocadas juntas, com seus rostos voltados para as ruas, como se estivessem vigiando e protegendo os vivos que passam por ali como um símbolo de proteção.
No entanto, a interação com os falecidos não se limita apenas à cerimônia "manene". Na cultura toraja, é comum que as pessoas mantenham o corpo de um ente querido morto dentro de casa antes de realizarem o sepultamento.
E os corpos podem ser mantidos por um longo período, que pode se estender por semanas, meses e, acredite, até anos!
Nesse caso, o corpo é preservado com formol e vestido com as roupas prediletas do falecido.
Até que todos os rituais de enterro sejam concluídos, muitas famílias conversam normalmente com os falecidos como se eles ainda estivessem vivos.
Isso ocorre devido à crença de que o espírito permanece próximo ao corpo após a morte.
Os costumes, que podem parecer bizarros para muitos, vêm da Indonésia, cuja capital é Jacarta. O país está localizado no sudeste da Ásia, e conta com mais de 17.500 ilhas, sendo a maior delas Java.
É o quarto país mais populoso do mundo, com mais de 270 milhões de habitantes, e o maior país muçulmano do mundo.
Após a chegada dos europeus no século 16, a Indonésia foi colonizada por Portugal, Holanda e Espanha. A independência foi declarada em 1945, após uma longa luta contra os holandeses.
A Indonésia é um país com uma grande diversidade cultural. Há mais de 300 grupos étnicos diferentes no país, cada um com sua própria língua, cultura e religião.
O turismo é um setor importante da economia da Indonésia. O país é um destino popular para turistas que buscam praias paradisíacas, florestas tropicais e templos históricos.