Asa do avião que caiu no Azerbaijão tem perfurações que, suspeitam autoridades, podem ter sido provocadas por ataque de drones ou míssil; caso está em investigação -  (crédito: Reprodução/redes sociais)

Asa do avião que caiu no Azerbaijão tem perfurações que, segundo investigadores, foram provocadas por ataque de drones ou míssil

crédito: Reprodução/redes sociais

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Relatos de investigadores do Azerbaijão indicam que o avião da Embaer que caiu no Cazaquistão na quarta (25) foi abatido por um míssil antiaéreo enquanto se aproximava para pousar em Grozni, capital da república russa da Tchetchênia.

 

A informação foi passada a diversos veículos de mídia, como a agência Reuters e o canal de TV Euronews, de forma ainda anônima. A apuração do caso está em curso, e poderá ter a ajuda tanto da fabricante paulista quanto da Força Aérea Brasileira.

 

 

A hipótese, conforme a Folha adiantou na quarta, decorre da análise de danos à cauda do Embraer E-190 que ficou quase intacta após a tentativa de pouso sem controle por parte dos pilotos em Aktau, na costa leste do mar Cáspio.

 

 

Nela, são visível furos na fuselagem compatíveis com o que acontece quando um míssil antiaéreo explode. Ele não atinge o alvo, e sim detona a certa distância para produzir uma nuvem de estilhaços, maximizando o dano ao inimigo. Segundo analistas ouvidos pela reportagem, nenhum choque com pássaros, como foi ventilado pelos russos, causaria tal dano.

 

Além disso, relatos de sobreviventes indicam uma explosão do lado de fora do avião. Vídeo feito por um deles também mostra estragos semelhante a pequenas perfurações que atingiram o sistema de máscara de oxigênio da aeronave.

 

Vídeos da tentativa de pouso em Aktau apontam que o avião estava sem controle total com seus sistema hidráulico, manobrando à base do empuxo de seus motores, subindo e descendo de forma pouco controlada. Os profundores, as asinhas na cauda do avião que o fazem subir e descer, e o leme do estabilizador vertical estavam cravejados pelos estilhaços.

 

Morreram na tragédia 38 dos 67 ocupantes do aparelho, que tem histórico operacional impecável. A Rússia ainda não comentou o relato. Mais cedo, em entrevista, o chanceler Serguei Lavrov disse que não seria prudente falar nada enquanto a investigação estava em curso.

 

No momento em que o voo operado pela Azerbaijan Airlines voava sobre território russo, havia registro de ataques com drones ucranianos na região. O aeroporto de Makhachkala, capital do Daguestão, estava fechado quando o E-190 sobrevoou a área.

 

 

Oficialmente, autoridades de Grozni disseram que o aeroporto da cidade tinha pouca visibilidade para pouso, devido à neblina, e o voo foi desviado. Por que ele atravessou de forma errática o mar Cáspio e não rumou para algum aeródromo russo não foi explicado.

 

Segundo o relato da Reuters e da Euronews, os azeris disseram que os russos não permitiram o pouso e orientaram a nova rota – Aktau seria o aeroporto mais próximo, apesar de estar a centenas de quilômetros.

 

O rastreio foi quase impossível porque a região é fortemente influenciada por bloqueadores de sinal de GPS. O mar Cáspio, apesar de distante do teatro da Guerra da Ucrânia, é um dos pontos preferidos de disparo de mísseis de cruzeiro carregados por bombardeios estratégicos russos contra o país vizinho.

 

 

Assim, a navegação sobre a região é afetada, visando proteger os aviões militares de ataques.

 

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Já ataques de drones são problemas corriqueiros na Rússia. Nesta quinta (26), os quatro aeroportos de Moscou e o de Kaluga, a 160 km da capital, foram fechados supostamente por ameaça de um ataque maior.