Somos seres feitos de luz e sombra, e é nesta jornada inquietante de autodescoberta que encontramos nosso propósito mais profundo -  (crédito: PxHere )

Somos seres feitos de luz e sombra, e é nesta jornada inquietante de autodescoberta que encontramos nosso propósito mais profundo

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A dualidade entre luz e sombra é uma dança eterna, em que cada movimento é crucial para a harmonia do todo. Uma dualidade inseparável, na qual uma só existe em função da outra. Em nós, essa dança se manifesta na eterna busca pelo equilíbrio entre a luz de nossa consciência e as sombras que habitam o nosso interior.

Como disse Carl Jung, "até onde conseguimos discernir, o único propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão do mero ser". Somos seres feitos de luz e sombra, e é nesta jornada inquietante de autodescoberta que encontramos nosso propósito mais profundo.

Onde residem as sombras? Nos recantos mais íntimos do nosso ser, escondidas em cantos escuros, onde os medos se aninham e os segredos se escondem. É lá também, em nosso lado sombra, que encontramos o nosso lado imperfeito, nossos defeitos e fraquezas, como a ira, a inveja, a luxúria, a gula e a nossa soberba.

 

 

Reconhecer as nossas sombras é o primeiro passo para iluminá-las. Negar ou reprimir esses aspectos de nós mesmos apenas intensifica a sua força. É preciso encará-las com honestidade e compaixão, reconhecendo-as como partes integrantes de nossa complexa humanidade. É confrontando nossos demônios internos que podemos transcendê-los, florescendo em versões mais completas de nós mesmos.

Mas é lá também, na escuridão, que a luz surge como guia nas horas mais sombrias, oferecendo conforto e segurança quando a incerteza reina. Ela é a chama que nos impulsiona a seguir em frente, mesmo quando as sombras ameaçam nos consumir.

A luz que nos guia nas horas de escuridão não é apenas externa, mas também reside dentro de nós. É a chama de nossa consciência que nos orienta através das trevas, fornecendo conforto e segurança quando tudo parece incerto. Nesse nosso lado iluminado, encontramos também nossa força, fé, coragem, otimismo, humildade, bondade e perdão. Cultivar essa luz interior é fundamental para iluminar nossas sombras e nos libertar das correntes que nos prendem à escuridão.

Carl Jung nos lembra que não é possível despertar a consciência sem dor. Enfrentar nossa própria alma pode ser assustador, mas é também o caminho para a verdadeira liberdade e realização. Não devemos temer a escuridão, mas abraçá-la como parte integrante de nossa jornada rumo à luz.

Neste momento, convido você a se conectar com o seu interior e a se questionar:

Quais são as minhas sombras? Como elas se manifestam na minha vida? O que posso fazer para iluminá-las?

Meu desejo é que consiga se permitir explorar os recantos mais profundos de sua existência, iluminando cada sombra com a chama da consciência. Somente então poderemos verdadeiramente nos tornar quem somos destinados a ser: seres feitos de luz e sombra, em constante equilíbrio interior.