Como boa ariana que sou, já nasci realizando, fazendo, correndo atrás e achando que tudo é para ontem. Meu senso de urgência já me ajudou a alcançar muitas vitórias, mas já me desgastou muito também, além do necessário, e me colocou em muita fria pela impulsividade, ansiedade e impaciência.


É necessário desenvolvermos a paz para boas tomadas de decisão, como bem nos lembra a frase de Johann Wolfgang von Goethe: “É urgente ter paciência".


Digo exercitar a paciência, e aqui faço uma provocação: paciência = paz + ciência.


É necessário estudar a paz e os métodos para mantê-la em meio aos desafios do dia a dia. Manter a paz na beira da praia e com dinheiro no bolso é fácil. E no meio do caos, mediante os prazos, metas, dificuldades e desapontamentos? Quais os caminhos que temos? Por onde começar?

 




Para aqueles que, como eu, têm uma natureza mais acelerada, essa busca pode parecer um paradoxo. Afinal, como conciliar a urgência da vida moderna com a serenidade interior?


Ao decompor a palavra paciência, abrimos um leque de possibilidades para uma reflexão profunda sobre a busca pela paz nesse contexto acelerado. A paciência, muitas vezes vista como uma virtude passiva, revela-se, sob essa ótica, como uma habilidade que pode ser desenvolvida, que exige conhecimento, estratégia e dedicação.


Entre elas, a meditação é uma ferramenta crucial para acalmar a mente e reduzir a ansiedade. A prática da gratidão também é importante, pois ajuda a focar nas pequenas vitórias diárias, criando uma mentalidade positiva e trazendo o senso de realização. Além disso, estabelecer limites saudáveis, sabendo dizer "não" e reconhecer os próprios limites é essencial para evitar o esgotamento e manter a paz de espírito.


A cultura da rapidez e da instantaneidade, características de nosso mundo moderno, nos leva a buscar resultados imediatos e a nos frustrarmos com a demora. Aprender a lidar com a expectativa do tempo de espera é primordial.


O senso de urgência, intrínseco à nossa sociedade acelerada, é uma força motriz que impulsiona o progresso e a inovação. A necessidade de agir rapidamente, de alcançar metas e de cumprir prazos nos mantêm em constante movimento e nos leva a buscar soluções criativas para os desafios que enfrentamos. No entanto, essa mesma urgência, quando exacerbada, pode se tornar um fardo pesado, gerando ansiedade, estresse e prejudicando nossa qualidade de vida.


Pessoas com senso de urgência têm pressa, têm necessidade de gerar resultados, vontade de realizar. Pessoas com baixo senso de urgência são mais sossegadas, mais tranquilas. Não há certo ou errado, nem bom ou ruim.


É importante estabelecermos o senso de urgência para a nossa vida. Parados e em compasso só de espera, as coisas não acontecem; é necessário agir, é preciso ter atitude para construirmos a vida que queremos, porém, utilizando-se do aprendizado e dos benefícios que a paz nos traz.


Para colher o fruto, é necessário plantar, regar, adubar, colher e esperar. Para tudo há a sabedoria do tempo.

 

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