A vida constantemente nos coloca diante de situações em que precisamos escolher, e uma das escolhas mais importantes que podemos fazer é decidir quando sair de algo que já não nos serve mais. Essa porta de saída, muitas vezes invisível aos nossos olhos, é uma oportunidade de libertação.
Quando estamos em uma relação que já não nos faz bem, é essencial lembrar que temos a opção de partir. É crucial reconhecer que permanecer é sempre uma escolha. Todos os dias, temos a opção de ir, de ficar ou até mesmo de voltar, e essa escolha se aplica não apenas às relações amorosas, mas também a diversas situações da vida, como o trabalho, amizades, e até projetos e momentos pessoais.
Quantas vezes nos encontramos presos a empregos e situações que não nos trazem satisfação, mas continuamos ali, como se estivéssemos aprisionados, incapazes de enxergar a porta de saída que está bem diante de nós? Talvez por medo do desconhecido, da insegurança financeira ou simplesmente pelo conforto da rotina, nos agarramos a algo que já não nos faz bem. É como se não nos permitíssemos sair, trocar, buscar algo que realmente nos traga realização. O mesmo vale para as relações amorosas. Permanecemos em relacionamentos que já não são confortáveis, talvez por medo da solidão ou da mudança, esquecendo que sempre há uma saída.
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Por outro lado, nas relações afetivas satisfatórias, é importante que o casal se esforce para que ambas as partes sintam prazer em permanecer, reforçando essa escolha diariamente, assim como para reter um bom funcionário uma organização deve criar um ambiente que o motive a ficar fazendo-o sentir-se valorizado e realizado. Caso contrário, o funcionário pode optar por sair a qualquer momento, assim como nossos parceiros.
Outro aspecto que merece atenção é o peso que colocamos nas nossas decisões. Muitas vezes, sofremos mais do que o necessário ao pensar nas escolhas que temos à frente. Lembro-me de um paciente que, certa vez, disse: "Se eu for, não tem volta". Mas como assim? A não ser que estejamos falando de situações irreversíveis, como a morte, quase sempre há uma possibilidade de retorno, de recomeço.
Ao questionarmos essas crenças, podemos perceber que muitas delas não se baseiam em fatos reais, mas sim em medos e inseguranças. Precisamos aprimorar nossa capacidade de escolher, desenvolver as perguntas certas para nossas reflexões e, assim, a tomar decisões com mais leveza e confiança.
A vida é cheia de nuances e imprevistos, e as coisas raramente são tão absolutas quanto parecem. Ao tomarmos uma decisão, não temos como prever com exatidão quais serão as consequências. No entanto, podemos aprender a lidar com essa incerteza de forma mais positiva. Ao desenvolvermos a capacidade de aceitar o desconhecido e de nos adaptar às mudanças, podemos viver uma vida mais plena e satisfatória.
O medo de tentar, de arriscar algo novo, muitas vezes nos priva de oportunidades e descobertas incríveis. Enquanto a porta de saída permanece aberta, esperando que tenhamos a coragem de atravessá-la. Portanto, meu desejo é que todos possam reconhecer as portas que existem em suas vidas e em cada momento. Que possam enxergar que a escolha é sempre sua, e que, ao tomar essa decisão, possam fazê-lo com a certeza de que estão escolhendo o que é melhor para si, com bravura e confiança no que está por vir, neste momento. E se, lá na frente, perceberem que a escolha não foi a melhor, está tudo bem. Lembre-se que a porta está lá, bem à sua frente, esperando para ser aberta novamente.
E você, qual porta está pronto para abrir hoje?