A frase "Você é a média das cinco pessoas com as quais mais convive" é uma teoria popularizada por Jim Rohn, que sugere que as pessoas ao nosso redor exercem grande influência em nossa vida. A ideia central é que as companhias mais frequentes moldam nossos comportamentos, hábitos e até nossa visão de mundo. Mas será que isso é verdade?


Embora não exista um estudo científico que comprove essa afirmação com exatidão, a psicologia social nos oferece diversas evidências de como as pessoas ao nosso redor influenciam nossas atitudes, comportamentos e até mesmo nossas crenças.

 


Se pensarmos de forma prática, percebemos que passamos a adotar, ainda que inconscientemente, aspectos daqueles que convivem diretamente conosco. Quando estamos cercados por pessoas motivadas, que buscam crescimento pessoal e profissional, tendemos a absorver esses comportamentos. Do mesmo modo, a convivência com indivíduos mais negativos ou desmotivados pode nos arrastar para um padrão semelhante.

 


Essa teoria nos faz refletir sobre a importância de escolher com quem gastamos nosso tempo. Como seres sociais, somos influenciados tanto pelas conversas que temos quanto pelas atitudes que observamos. Nossas decisões, nossos hábitos e até nossos padrões de pensamento podem ser impactados pelo círculo social que cultivamos. Isso não quer dizer que somos cópias exatas dessas pessoas, mas que a convivência contínua tem o poder de modelar aspectos de nossa identidade.


Quem nunca ouviu as expressões populares “Diga-me com quem andas, que te direi quem és", ou “Um gambá cheira o outro”?

 




É fundamental olharmos para o nosso entorno e avaliar o tipo de energia e valores que estamos absorvendo. Se buscamos progresso, equilíbrio e bem-estar, faz sentido que estejamos em contato com pessoas que compartilham desses mesmos princípios. Isso não significa, claro, abandonar quem não está em um “bom momento”, mas equilibrar as influências para que nossas aspirações não sejam sufocadas por vibrações que nos limitam.


Na prática, a primeira ação é observar. Quem são as pessoas com quem mais convive? O que elas trazem para sua vida? Elas te impulsionam ou te estagnam? Costumo dizer no consultório: “procure o amigo pipa - que te puxa para cima e evite o amigo tatu - que leva para o buraco”.


Se você está cercado por pessoas ambiciosas e determinadas, é mais provável que você se sinta motivado a alcançar seus próprios objetivos. Da mesma forma, se seus amigos praticam atividades físicas regularmente e se alimentam de forma saudável, você se sentirá inclinado a cuidar da sua saúde.


Você pode escolher as pessoas com quem se relaciona e o tipo de influência que permite que elas exerçam sobre você. Porém acredito que somos mais do que a soma de nossas partes – nossas experiências de vida, valores e personalidade também moldam quem somos.


Acredito que a sabedoria está em tomar decisões mais conscientes sobre quais relacionamentos nutrir, escolher com sabedoria as pessoas com quem dividimos nossa vida, e manter o equilíbrio entre apoiar os outros e cuidar do nosso próprio desenvolvimento.


Toda mudança é possível. Se você perceber que as pessoas ao seu redor não estão te ajudando a crescer e se desenvolver, você pode tomar a decisão de se afastar ou de buscar novas conexões.


Procure avaliar seu círculo social, quais são as qualidades que você mais admira nas pessoas com quem você convive? Elas te inspiram a ser uma pessoa melhor? Expanda sua rede - busque conhecer pessoas com diferentes perspectivas e experiências de vida. Cultive relacionamentos positivos. Invista em relacionamentos que te fazem sentir bem e que te ajudam a crescer. Seja seletivo, nem todas as pessoas são boas para você. Aprenda a dizer não e se proteja de influências negativas.


Finalizando, ao selecionar cuidadosamente as influências ao nosso redor, cultivando relacionamentos positivos e inspiradores, podemos criar um ambiente que nos impulsione a alcançar o máximo de nosso potencial , moldando nosso futuro de forma mais consciente e positiva.

 

 

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