O ano de 2023 será lembrado pelos impactos das mudanças climáticas no agronegócio brasileiro. Na região Sul, chuvas torrenciais causaram inundações em pelo menos 70 cidades, prejudicando a plantação de lavouras inteiras no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Sudeste e no Centro-Oeste, de onde saíram cerca de 60% da safra recorde 2022/2023, a forte estiagem fora de época, acompanhada de pesadas ondas de calor, atrasou boa parte do início do plantio. No Nordeste, grandes polos agrícolas, como os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, conviveram com a longa ausência de chuvas. Em algumas localidades, com o início do plantio entre os primeiros dias de setembro e os últimos de outubro, muitos produtores decidiram adiar a semeadura do solo à espera de melhores condições hídricas. Não se tratam de problemas pontuais. Segundo meteorologistas, os extremos climáticos serão cada vez mais intensos e frequentes.
Pesquisa mostra apetite da indústria por linha de crédito sustentáveis
Os negócios voltados para a agenda ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança) estão em alta. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria constatou que 67% dos empresários industriais têm alto interesse em acessar linhas de crédito para investimento em ações sustentáveis. Outros 31% disseram que o interesse dependeria das condições do crédito. A divulgação ocorre a uma semana do início da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28).
"Brasil é uma Miss Universo para investimentos"
Qual é o potencial do país para atrair investimentos estrangeiros? De acordo com Emy Shayo Cherman, estrategista para a América Latina do banco americano JPMorgan, somos, nesse aspecto, uma “Miss Universo” em comparação com outros emergentes. “Temos uma China desacelerando, problemas graves na Turquia, e na Argentina inflação acima de 100%. Enquanto isso, o Brasil traz oportunidades”, afirmou, em evento promovido pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento.
Bradesco troca de comando
Nos útimos 80 anos, o Bradesco teve apenas cinco presidentes – ou seja, cada um permaneceu no cargo, em média, 16 anos. O sexto assumirá agora: trata-se de Marcelo Noronha, executivo que atua há duas décadas no banco, exercendo o cargo de vice-presidente, junto de outras funções, desde 2015. Na troca de cadeiras, o presidente até então, Octavio de Lazari Junior, seguirá para o conselho do Bradesco. Com 58 anos, Noronha é formado em administração pela Universidade Federal de Pernambuco.
Rapidinhas
A Chery, montadora chinesa representada no país pelo grupo Caoa, deverá lançar no ano que vem duas marcas no mercado brasileiro, a Omoda e a Jaecoo. De acordo com a empresa, serão modelos híbridos e elétricos importados da nação asiática. Apenas a Jaecoo pretende trazer ao menos cinco modelos, começando pelo J7 a combustão.
Vinte dias depois do apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas e 4,1 milhões de imóveis sem energia em São Paulo, o presidente da Enel, Nicola Cotugno, deixou o cargo. Ele será substituído por Antonio Scala, executivo que atua há 18 anos na empresa. “A saída de Cotugno foi definida em reuniões em outubro”, disse a Enel.
A Danone Brasil anunciou que investirá R$ 3 milhões em um programa para promover o bem-estar animal na sua cadeia do leite. De acordo com a empresa, a iniciativa está em linha com a meta global de fazer com que, até 2025, 30% dos principais ingredientes adquiridos diretamente das fazendas utilizem práticas regenerativas.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe a importação de cosméticos, cigarros e produtos similares fabricados por empresas que usem animais para testes de seus produtos. Agora o texto segue para avaliação da comissão de Desenvolvimento Econômico.
R$ 34 bilhões
é a soma dos pagamentos irregulares do programa Bolsa-Família que serão feitos até dezembro de 2023, segundo auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O levantamento identificou principalmente inconsistências de renda