É curioso observar que a descoberta de erros contábeis no balanço do Magazine Luiza pode ser atribuída, ao menos em parte, ao escândalo da Americanas, revelado no início do ano. O que uma coisa tem a ver com a outra? A história do Magalu só veio à tona após uma denúncia anônima levar a empresa a realizar investigações internas. Detalhe: a acusação foi feita pouco depois de o caso Americanas aparecer – portanto, é provável que o denunciante tenha se inspirado nesse episódio. A rápida reação do Magalu, que contratou os serviços da TozziniFreire Advogados e da consultoria PwC para averiguar os problemas, também sugere que a varejista quis reduzir os danos rapidamente, evitando estragos maiores. Em outras palavras: as empresas parecem estar mais atentas a deslizes. Após o ocorrido, a companhia afirmou que pretende revisar controles internos dos processos de negociação comercial e melhorar mecanismos de governança.

Mudanças climáticas geram prejuízos ao agronegócio




Os efeitos perversos das mudanças climáticas já são sentidos pela maior parte dos agricultores em diversas partes do mundo. Segundo pesquisa feita pela Bayer, 70% deles afirmaram que há grande impacto nos sistemas de produção. Em média, seu faturamento caiu 16% nos últimos dois anos devido aos extremos do clima – e a tendência é que os prejuízos aumentem ainda mais. Entre outros danos, o calor excessivo estimula o ataque de pragas e doenças, o que poderá comprometer lavouras inteiras.

Seca do Amazonas

MICHAEL DANTAS / AFP

Seca do Amazonas afeta produção de motos

Não é apenas o agronegócio que sofre com as mudanças do clima. Em outubro, a produção de motos no polo industrial de Manaus (AM) caiu 6,4% em relação a setembro, segundo levantamento da Abraciclo, a associação que reúne as montadoras locais. O motivo é a seca do rio Amazonas e afluentes, o que dificultou o transporte fluvial de componentes para a fabricação dos veículos. O cenário é tão grave que a Yamaha decidiu parar por alguns dias os trabalhos em sua unidade de Manaus.

Sidney Klajner, Presidente do hospital Albert Einstein

NELSON ALMEIDA/AFP

“O sistema de saúde tem de colocar como principal objetivo a saúde da população pela qual é responsável. Quando esse objetivo é desviado para a remuneração de provedores médicos ou investidores, o resultado será sempre perverso: planos mais caros e mais dinheiro investido para entregar cada vez menos saúde”
Sidney Klajner
Presidente do hospital Albert Einstein

Empresas ignoram metas ligadas à agenda ESG

No discurso, as grandes empresas afirmam estar comprometidas com a agenda ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança), mas na prática, a história é bem diferente. Um estudo feito pela consultoria Korn Ferry constatou que 54% das companhias brasileiras não estabelecem metas na área. Na verdade, elas costumam usar essa pauta apenas como estratégia de marketing, mas não a levam muito a sério. Enquanto isso, a degradação do planeta segue em ritmo acelerado.

RAPIDINHAS

Um estudo realizado pela Fiemg calculou o impacto do contrabando de cigarros eletrônicos no Brasil. De acordo com a pesquisa, esse mercado equivale a R$ 7,5 bilhões ao ano e, considerando apenas a importação do produto pelos consumidores, a arrecadação média anual de impostos federais seria de expressivos R$ 2,2 bilhões.

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O aplicativo Waze lançou um novo recurso. Trata-se de um alerta que avisa quando o motorista estiver em uma via perigosa. Segundo o Waze, o sistema analisa o histórico de acidentes na rua, avenida ou estrada e envia notificações para o usuário. A iniciativa é bem-vinda em um país com alto índice de acidentes
como o Brasil.

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Apesar do início do ciclo de quedas de juros, que estimula investimentos de risco como ações, a renda fixa lidera com folga a preferência dos brasileiros. De acordo com dados apurados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a modalidade foi responsável por 84% das captações feitas em setembro.

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Em outubro, o volume de financiamentos de veículos novos surpreendeu o mercado. Segundo levantamento da B3, 188 mil carros foram comprados por meio dessa modalidade, um avanço de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Para especialistas, parte do crescimento pode ser atribuída à redução dos juros.

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