Essa era uma bola cantada. Em 2023, o rombo das contas públicas – conhecido no economês como déficit primário – deverá ser de R$ 177,4 bilhões, segundo projeção do Ministério da Fazenda. O cenário piorou: a previsão anterior, feita em setembro, era de R$ 141,4 bilhões. Há uma explicação óbvia para isso. Enquanto as receitas caíram, as despesas subiram, uma combinação explosiva que se tornou marca registrada de diversas administrações petistas. Não custa ressaltar que, no ano passado, o governo teve superávit de 1,2% do PIB, que provavelmente se tornará déficit de 1,8% neste ano. A vocação para gastar é perigosa. Estima-se que o país deverá encerrar 2023 com um endividamento público que equivale a 76% do PIB. A continuar a atual disposição para aumentar os gastos públicos, o percentual deverá chegar a 84% em 2026. Esse cenário compromete o equilíbrio fiscal e afeta a credibilidade do país. No final das contas, ameaça o crescimento econômico.

Mercado financeiro reclama em peso de política fiscal do governo



Há crescente desconforto do mercado financeiro com a agenda econômica do país. Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest foi direto ao ponto – 77% dos 100 gestores, analistas e profissionais do ramo entrevistados consideram a política fiscal inadequada o principal problema econômico do país. Além disso, 100% dos participantes do estudo descartam a possibilidade de o país alcançar déficit zero em 2024, proposta utópica defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Abercrombie muda estratégia e ações disparam 200%

Lembra da Abercrombie, a grife de roupas que contratava modelos sarados que atendiam a clientela sem camisa, como um chamariz para atrair adolescentes? Depois de fechar lojas e sofrer com os novos padrões de consumo, a empresa está de volta ao jogo. Ela deixou de lado os modelos sem camisa e a publicidade sexualizada para investir em estratégias mais comedidas. Até agora, a mudança funcionou. As vendas subiram e a companhia reabriu lojas. Desde o início do ano, a cotação de suas ações aumentou 200%.

Fundos de Venture Capital investiram R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre
Os investimentos feitos por fundos de Venture Capital ensaiaram uma retomada no terceiro trimestre, mas insuficiente para retomar os níveis de um ano atrás. Entre julho e setembro, os fundos desembolsaram R$ 1,9 bilhão em 62 rodadas de investimentos – a cifra significou um acréscimo de 19% versus o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, contudo, o valor representa um tombo de 30%. Os dados são da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).

  • Rapidinhas
  • As fontes renováveis de energia avançam no Brasil. O Grupo Energisa, um dos maiores distribuidores de energia do Brasil, planeja investir, até 2024, R$ 2,3 bilhões na construção de aproximadamente 150 usinas fotovoltaicas espalhadas pelo país – o número equivalente à inauguração de uma usina por semana, no período de três anos.
    A indústria de ar-condicionado se preparou para o aumento do calor no Brasil. No primeiro semestre, a produção de equipamentos subiu 16% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Ainda assim, teme-se que faltem aparelhos diante da maior demanda.
    Uma pesquisa feita pela startup Talent Academy com 25 mil trabalhadores brasileiros apontou os fatores que mais motivam as pessoas no ambiente de trabalho. O resultado surpreendeu: o principal aspecto motivacional é o “desafio” que se coloca para os profissionais. Ou seja, isso é mais importante até do que remuneração.
    Vem da pluma do algodão mais uma conquista do agronegócio brasileiro. No ciclo 2023/24, a área plantada no Brasil deverá atingir 1,94 milhão de hectares. Além de representar um avanço de 15% em relação ao plantio da safra passada, é também o maior volume da história. Os dados são da consultoria Agroconsult.

7,7%
foi a taxa de desemprego no terceiro trimestre, segundo o IBGE. O número representa uma queda de 1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022

 

“Se Milei quiser tomar a Aerolíneas, terá que nos matar”
Pablo Biró, líder do sindicato dos pilotos da companhia aérea estatal argentina

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