O convite feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) para que o Brasil seja um dos integrantes da entidade traz um aspecto positivo e um grande desafio. De um lado, significa o reconhecimento internacional da relevância do país entre os maiores produtores de petróleo do mundo. De outro, impõe um questionamento inevitável. De tempos em tempos, a Opep determina que seus membros ajustem a política de preços. Não raro, determina o corte da produção para que a cotação internacional do produto aumente. Nesses casos, como se comportará a Petrobras? A estatal seguirá à risca as recomendações da associação, mesmo que isso cause impacto no mercado doméstico? Por ora, o Ministério de Minas e Energia diz que o país estuda o convite, sem estabelecer um prazo para a resposta definitiva. O Brasil ocupa o nono lugar entre os maiores produtores de petróleo do mundo e é o maior da América Latina.
99 quer duplicar frota de carros elétricos
Enquanto os carros elétricos demoram para avançar no mercado brasileiro, algumas empresas fazem o possível para torná-los mais presentes nas ruas do país. É o caso da companhia de mobilidade 99, que pertence ao grupo chinês Didi Chuxing. O objetivo da 99 é dobrar a sua frota de carros elétricos no Brasil, passando dos atuais 1,7 mil para 3,4 mil até 2024. Em 2025, a expectativa é chegar a 10 mil. Para isso, a empresa pretende ampliar a parceira com a montadora chinesa BYD.
Shein protocola pedido de abertura de capital
Apesar da crescente preocupação das autoridades a respeito do modelo de negócios da Shein, a empresa chinesa com sede em Singapura pretende dar um passo ainda mais ousado. Segundo reportagem publicada pelo jornal americano The Wall Street Journal, a colossal plataforma de e-commerce protocolou um pedido de abertura de capital nos Estados Unidos. Em maio, a Shein chegou a ser avaliada em US$ 66 bilhões numa rodada de investimentos, mas estimativas apontam para um valor atual próximo a US$ 90 bilhões.
Klabin anuncia R$ 9 bilhões em investimentos
A Klabin, maior produtora de papéis para embalagem do Brasil, refez seu plano de investimentos para o ciclo 2023 e 2024. Eles deverão totalizar R$ 9 bilhões, divididos igualmente entre os dois anos. Até o terceiro trimestre de 2023, a empresa havia desembolsado R$ 3,2 bilhões em complexos industriais do país. O que chama a atenção é o fato de a empresa ter postergado para o ano que vem R$ 900 milhões que estavam previstos para 2023. Em tempo: no terceiro trimestre, suas receitas caíram 20%.
“A maior adversidade do cenário internacional talvez torne o Brasil ainda mais atraente em função de vantagens comparativas que conseguimos reunir ao longo dos anos”
Gabriel Galípolo
Diretor de Política Monetária do Banco Central
7,6%
foi a taxa de desemprego no Brasil no trimestre encerrado em outubro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE. É o menor índice para o período desde 2014.
Rapidinhas
- A Nexxera, provedora de soluções financeiras para empresas, criou um score de crédito para 1,1 milhão de clientes que transacionam R$ 7,3 trilhões por ano em seu ecossistema. Similar ao “Super App” que o Banco Central pretende lançar, a solução integra serviços financeiros de pessoas jurídicas e analisa dados passados e presentes.
- A americana Mosaic Fertilizantes colhe bons resultados com o projeto “Balanço de Vapor”, implementado no Complexo Industrial de Uberaba (MG). A iniciativa permitiu o reaproveitamento de 100 mil toneladas de vapor e resultou na economia de R$ 11 milhões. A Mosaic quer zerar a emissão de CO2 em suas operações no Brasil até 2040.
- O mercado de previdência acelera no Brasil. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o setor teve captação líquida de R$ 29,4 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, um avanço de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A previsão é manter o ritmo forte de crescimento em 2024.
- A empresa americana de máquinas e implementos agrícolas John Deere planeja investir R$ 180 milhões na construção de um centro de desenvolvimento tecnológico em Indaiatuba, no interior de São Paulo. De acordo com a empresa, o projeto deverá fazer com que o tempo para o lançamento de novos produtos seja reduzido em até 40%.