O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu ofício com um pedido para que revogue a medida que, desde agosto, concede isenção de impostos federais aos sites estrangeiros de e-commerce nas mercadorias importadas de até US$ 50. Assinaram o documento cinco frentes parlamentares (Empreendedorismo, Comércio e Serviços, Desenvolvimento da Indústria Têxtil e Confecção, Indústria de Máquinas e Equipamentos e Defesa dos Coureiros) que integram, junto com as associações da indústria, varejo e de trabalhadores, a recém-lançada Coalizão Força Têxtil Brasil. Os setores de indústria e varejo têxteis e de calçados estão entre os os mais atingidos pela isenção de tributos aos sites estrangeiros. No ofício enviado a Haddad, as frentes parlamentares afirmam que 1,7 milhão de empregos estão ameaçados pela isenção. No ranking dos maiores empregadores brasileiros, os setores têxteis e de calçados aparecem em segundo lugar.
Bolsa quebra recorde. Em dólar, contudo, marca ainda não foi superada
Os investidores do mercado de ações comemoraram ontem o recorde do Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, que atingiu o seu maior patamar histórico, aos 130,8 mil pontos. A depender da métrica utilizada, porém, as melhores marcas de todos os tempos ainda não foram batidas. Em dólar, o topo do índice foi alcançado em maio de 2008 – por essa comparação, o indicador ainda precisaria avançar 40% para estabelecer um novo recorde. Em 2008, assim como agora, Lula era o presidente.
Mercado de luxo cresce sem parar no Brasil
Se existe um mercado que não decepciona, é o de luxo. Um estudo feito pela consultoria Bain & Company estima que o setor quase dobrará de tamanho no Brasil até 2030, para um faturamento de R$ 133 bilhões – em 2022, suas receitas somaram R$ 74 bilhões. Embora a parcela da população que se enquadra na alta renda seja inferior a 1%, seu poder aquisitivo soma R$ 3,5 trilhões, o que explica em boa medida a pujança do segmento. No mercado de luxo, os itens mais vendidos são roupas e acessórios.
Projeto social da Fundação Dom Cabral avança na formação de jovens
A escola de negócios Fundação Dom Cabral fechará 2023 com uma importante marca na área social. Seu programa Raízes, que oferece formação gratuita para jovens entre 15 e 17 anos com perfil empreendedor, atendeu 600 pessoas neste ano – trata-se de um crescimento de 608% em relação a 2022. De forma geral, o Raízes é voltado para estudantes da rede pública, jovens aprend izes indicados por empresas parceiras ou que morem em regiões de vulnerabilidade social de qualquer lugar do país.
18%
foi quanto cresceu o financiamento de veículos no Brasil de janeiro a novembro versus igual período do ano passado, segundo levantamento da B3
“O desenho final da reforma tributária, do ponto de vista da eficiência produtiva da economia, me parece muito bom, e vai gerar um ganho grande de produtividade nas próximas duas décadas. É a reforma mais estruturante que fizemos desde o Plano Real”
Samuel Pessôa
Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) e chefe de pesquisa econômica do Julius Baer Family Office
Rapidinhas
- A empresa de logística Total Express criou uma companhia aérea de cargas que nasce com a ambição de atuar no país inteiro. Chamada Anivia Serviços Aéreos, ela contará inicialmente com um Boeing 737-300F, com capacidade para transportar 18,6 toneladas, e que fará a rota São Paulo-Manaus de olho nas mercadorias da Zona Franca.
- Os bancos descobriram um novo nicho de mercado: contas digitais voltadas para crianças e adolescentes. Instituições como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Itaú possuem produtos para menores de idade, como cartão de crédito, pix e até opções de investimentos. Para especialistas, as contas exercem papel vital na educação financeira.
- Mais uma boa notícia trazida pelo agronegócio brasileiro. Segundo o Ministério da Agricultura, o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária nacional atingiu até novembro o recorde de R$ 1,1 trilhão, cifra 2,5% superior à obtida no mesmo período de 2022. Culturas como cana, milho e soja quebraram recordes de produção.
- Os excessos do clima deverão encarecer a conta luz no país. Pelo menos é isso o que diz a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). Segundo a entidade, as altas temperaturas associadas às irregularidades no regime de chuvas deverão fazer com que a fatura aumente entre 6% e 10% em 2024.