O otimismo voltou com tudo ao mercado de capitais nesta reta final de ano. Em relatório carregado de entusiasmo, o Santander projeta que o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, chegará aos 160 mil pontos em 2024 – ele está em 131 mil pontos atualmente. Para o banco espanhol, a continuidade do ciclo de queda de juros, lucros maiores das empresas e cotação ainda baixa do valor das ações são fatores que explicam a alta potencial no ano que vem. Outro bom sinal para a economia brasileira: o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) – quanto mais alto o índice, mais arriscado é o lugar – acumula queda de 40% nos últimos 12 meses. Apenas Coreia do Sul e Austrália tiveram recuo maior, segundo levantamento do consultor Einar Rivero com dados do Investing.com. Ainda assim, o grau de investimento, como é chamado o selo de bom pagador atribuído pelas agências de classificação de risco a países e empres as, permanece como um sonho distante.


Com bom humor de investidores, Ibovespa renova recorde



Depois de alcançar a sua máxima histórica na semana passada, o Ibovespa voltou a brilhar ontem, superando os 131 mil pontos – trata-se de um novo recorde estabelecido pelo indicador. O bom humor dos investidores tem sido motivado especialmente pela expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos e no Brasil em 2024, diante de um cenário de inflação sob controle. De acordo com especialistas, também pesa a favor do índice a tradicional arrancada da cotação das ações no fim de ano.


Haddad termina o ano em alta com o empresariado

Apesar dos altos e baixos em 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encerrará o ano com boa imagem perante o empresariado. A criação do arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária são conquistas que, em boa medida, devem ser atribuídas a Haddad. No campo oposto, sua principal falha foi a deterioração do quadro fiscal – um dos pressupostos para o arcabouço funcionar, ressalte-se. Ainda assim, dadas as baixas expectativas do setor produtivo no início do ano, o saldo é positivo.


Mondeléz negocia compra e naming rights do estádio do Morumbi

Os clubes que não se tornaram Sociedade Anônima de Futebol (SAF) têm procurado meios de ampliar suas receitas. O São Paulo, que não aderiu ao modelo, negocia a venda de naming rights do estádio do Morumbi para a fabricante de chocolates Mondeléz. Pela proposta, o estádio será chamado “Morumbis”, uma referência à marca de chocolate Bis. A empresa desembolsará entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões anualmente, acima do que pagam Allianz e Hypera Pharma nas arenas de Palmeiras e Corinthians. 


Rapidinhas

O aplicativo de entregas Rappi vai investir R$ 100 milhões em 2024 para ampliar a frota de veículos. Nos próximos três anos, a cifra poderá chegar a R$ 500 milhões, a depender do cenário econômico. Atualmente, a Rappi é usada por 9% dos usuários de apps de delivery. A liderança é do iFood, que responde por 82% do mercado.

Depois da paralisação de quase 100% dos negócios durante a pandemia, o mercado brasileiro de eventos fechará 2023 com faturamento de R$ 314 bilhões, número que já supera as cifras de 2019, antes da crise de COVID-19 aparecer. Os dados da Abrape, a associação do ramo, também mostram a geração de 3,5 milhões de empregos pelo setor.

A plataforma mineira de comunicação digital Blip, antes conhecida como Take a Blip, fez sua primeira aquisição no exterior. Trata-se da startup mexicana Gus, que oferece serviços de conversas a partir de aplicativos de mensagens. O valor do negócio não foi revelado. Criada em 1999, a Blip conta atualmente com 4 mil clientes.

Um levantamento feito pela Contabilizei, maior escritório de contabilidade do Brasil, mostrou que, no terceiro trimestre de 2023, 1 milhão de empresas foram abertas no país – no ano, o saldo acumulado é de 3 milhões de CNPJs. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram, na ordem, a abertura de novos negócios. 

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US$ 30,7 trilhões


é quanto o comércio global deverá movimentar em 2023, o que significará uma retração de 5% em relação a 2022. Os dados são da Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad)

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“O Brasil está em condições de ter um 2024 muito bom”

Luiz Carlos Trabuco Cappi,
presidente do conselho de administração do Bradesco

 

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