Para quem tem memória curta, não custa lembrar: a Refinaria Abreu e Lima, que recebeu investimentos de até R$ 8 bilhões da Petrobras, conforme anúncio feito pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, esteve no centro de um escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato em 2014. Anos depois, em 2021, a Justiça condenou cinco pessoas por lavagem de dinheiro em acordos firmados para a construção da refinaria. A história de Abreu e Lima é torta. Localizada em Pernambuco, ela foi fruto de uma sociedade, em 2009, entre a estatal venezuelana PDVSA e a Petrobras. Contudo, os venezuelanos abandonaram o projeto e a Petrobras se viu obrigada a bancar os custos de sua construção. Estimadas inicialmente em US$ 2 bilhões, as obras acabaram consumindo US$ 20 bilhões. Ainda assim, a refinaria sempre foi um fracasso. Atualmente, estima-se que o custo local de produção é sete vezes o observado em suas rivais. Para que a Petrobras vai mexer nesse vespeiro de novo?
Brasil defende criação de agência global de biocombustíveis
Um dos três maiores produtores de biocombustíveis do mundo, ao lado de Estados Unidos e Índia, o Brasil defende a criação de uma agência global para fomentar o setor. A proposta foi apresentada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em reunião com autoridades de países que compõem a Aliança Global dos Biocombustíveis. De acordo com cálculos feitos pela Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil será responsável por 40% da expansão dos biocombustíveis até 2028.
Sem bônus demográfico, solução é o aumento da produtividade
Indicadores divulgados recentemente pelo IBGE mostram que o Brasil está em vias de perder o chamado bônus demográfico, fenômeno que ocorre quando a maior parte dos habitantes de um país está em idade considerada de trabalho. Sem o benefício do bônus, o único caminho possível para o país realizar o seu potencial econômico é aumentar a produtividade. O problema é que os caminhos para isso passam pela melhora dos níveis de educação e investimentos em inovação. É tudo o que o Brasil não faz.
Entidades entram na Justiça contra isenção de impostos em compras internacionais
A guerra das empresas nacionais contra os comércios eletrônicos estrangeiros, especialmente os chineses, ganhou mais um capítulo nos últimos dias. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) protocolaram uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a isenção de imposto de importação nas compras de até US$ 50 em plataformas internacionais. As entidades alegam que a isenção fere a isonomia e a livre concorrência.
Rapidinhas
Na guerra pela liderança do mercado global de smartphones, a sul-coreana Samsung colocou na mesa uma carta importante: a Inteligência Artificial. A empresa informa que os aparelhos S24 passarão a contar com recursos inéditos de IA. A ideia é que eles ajudem os usuários nas tarefas do dia a dia, como pedir comida por delivery ou editar fotos.
A corrida pela Inteligência Artificial está apenas no início. A big tech americana Amazon, dona da assistente virtual Alexa, prepara o lançamento de uma versão mais avançada do dispositivo. Segundo a empresa, a “Alexa Notável”, como será chamada, é capaz de interagir com maior precisão e possui níveis de inteligência superiores.
O mercado de seguro automotivo exemplifica como o aumento da concorrência é vital para os consumidores. No ano passado, os valores dos seguros de carros desabaram 28% em comparação com 2022. De acordo com especialistas, um dos motivos para isso é o aumento expressivo do número de empresas que oferecem o produto.
Os carros elétricos já viveram tempos melhores. Além do mercado praticamente parado nos Estados Unidos, agora a decepção veio dos indicadores europeus. Segundo a Associação Europeia de Fabricantes Automobilísticos, as vendas no Velho Continente de modelos movidos a eletricidade caíram 17% em 2023 versus 2022.
7%
é quanto o volume de crédito concedido no Brasil cresceu em 2023, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O número é baixo perto do desempenho do ano anterior, que foi de 14%
“Se tem uma lição que podemos tirar do ano passado é que, quando o governo cria ruídos, atrapalha a agenda econômica”
Gilson Finkelsztain, presidente da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo