O ano de 2024 começa com ventos melhores para a economia mundial do que foi no início de 2023. Ao contrário de um ano atrás, o ambiente agora é de desinflação global, com expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve, o banco central americano, ainda no primeiro trimestre. A maior parte dos economistas também diz que não há sinais de recessão global no horizonte. O temor era de que os Estados Unidos pudessem enfrentar a desaceleração do PIB, mas, pelo menos por enquanto, esse risco parece distante. No Brasil, embora as perspectivas apontem para um avanço da economia em torno de 1,5% – abaixo dos 3% que deverão ser cravados em 2023 –, o aumento do ritmo de queda de juros deverá abrir novas oportunidades para investimentos em renda variável. Obviamente, enormes desafios persistem, sendo o equilíbrio fiscal no Brasil o mais complexo deles. Ainda assim, a largada do ano é positiva. 

Montadoras chinesas querem desbravar o agro brasileiro



As montadoras chinesas estão atentas ao potencial do agronegócio brasileiro. Em 2024, GWM, BYD e JAC deverão lançar diversas picapes elétricas ou híbridas no mercado nacional, muitas delas voltadas para o público do agro. São carros como iEV330P, da JAC, quem tem carroceria robusta e tração traseira, atributos que seduzem os profissionais do campo. Dados da consultoria Bright Consulting mostram que os elétricos e híbridos chineses já respondem por 30% das vendas do segmento no Brasil.


Governo, mais uma vez, fala em reduzir passagens aéreas

Depois de idas e vindas em 2023, o governo federal mais uma vez ressuscita a promessa de criar um programa com passagens aéreas a R$ 200. O tal projeto “Voa Brasil” deverá, segundo assegura o ministério de Portos e Aeroportos, ser definido nos próximos dias. Não custa lembrar: o assusto arrasta-se sem solução desde os primeiros meses da atual gestão. Uma das ideias era conceder descontos para servidores públicos, estudantes e aposentados, mas pouco se sabe além disso.


Fila de espera por iates de luxo no Brasil chega a dois anos

Alguns setores estão passando incólumes pelos solavancos da economia nos últimos dois anos. É o caso do mercado de iates de luxo, que está aquecidíssimo no Brasil. O tempo médio de espera para comprar os modelos mais cobiçados, que passam facilmente da casa dos R$ 50 milhões, chega a dezoito meses. Os interessados nos modelos da empresa italiana Azimut, uma das principais referências do segmento no mundo, precisam aguardar ainda maios: a fila de espera para receber a embarcação é de dois anos.

Rapidinhas

Os negócios no setor de saúde começaram o alto em alta. A Johnson & Johnson, uma das maiores farmacêuticas do mundo, comprou a Ambrx Biopharma, empresa de biotecnologia especializada no desenvolvimento de medicamentos contra o câncer, por US$ 2 bilhões. Segundo a J&J, a Ambrx deverá ajudá-la a desenvolver remédios para combater doenças letais.

A Azul, maior companhia aérea do Brasil em número de voos e destinos atendidos, iniciou as vendas da nova rota que interligará Brasília (DF) com Belém, no Pará. Os voos diários serão operados por aeronaves Embraer E2, com capacidade para 136 passageiros, e deverão estrear no dia 19 de fevereiro.

O biometano, gás renovável feito dematéria orgânica biodegradável, ganha cada vez mais espaço no país. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o Brasil representará 10% do fornecimento de biometano no mercado global até 2026. Com isso, deveremos assumir a quinta posição entre os maiores produtores do mundo.

Riad, capital da Arábia Saudita, virou o novo polo tecnológico global. Empresas como Amazon, Google, Microsoft e Oracle decidiram abrir operações na cidade, e outras big techs estão em vias de ingressar no país. O motivo é óbvio: o governo saudita passou a oferecer recentemente isenção de impostos por 30 anos para companhias do ramo.


“O fato de não ter se mudado a meta de superávit vai impor ao governo falar de qualidade de gastos. Se não o fizer, não se cumpre meta. E se não cumpre meta, tem penalidade em 2025”

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento


US$ 3,8 trilhões


é o prejuízo causado por catástrofes climáticas ao agronegócio global nas duas últimas décadas, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)

 

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