O Brasil é a bola da vez entre emergentes? Por mais que o desequilíbrio fiscal ainda preocupe, o país deverá aproveitar em 2024 o momento pouco inspirador de seus principais concorrentes. Pelo menos essa é a avaliação de uma corrente cada vez maior de economistas. A China já viveu dias melhores e as tensões comerciais do país com os Estados Unidos começaram a afastar investidores. Ou seja: o dinheiro que antes ia em peso para a nação da Muralha precisa ser direcionado para outros lugares – e o Brasil se candidata como um destino provável. Em recente relatório, o Itaú BBA afirmou que nós superamos os rivais por W.O. Na falta de boas opções no mercado, o Brasil acaba se sobressaindo, apesar dos desafios que ainda pairam sobre a economia brasileira. O México, afirmam os economistas, também desfruta de inquestionáveis vantagens, sobretudo a proximidade com os Estados Unidos. Fora isso, não há outros emergentes que chamem a atenção.
Kärcher conclui ampliação de fábrica
A multinacional alemã Kärcher concluiu a ampliação da unidade fabril de Vinhedo (SP), ao custo de R$ 10 milhões. Com mais produtos fabricados localmente e menos dependência da importação, a empresa reduziu o prazo de entrega de seus produtos de dois meses para menos de uma semana. Atualmente, 80% dos aspiradores de pó, limpadores de piso e de carpete vendidos no Brasil e exportados para a América Latina são produzidos em Vinhedo, de onde saem cerca de 1,5 milhão de itens por ano.
Enquanto Ibovespa sobe, número de investidores cai
No ano em que o Ibovespa, o principal indicador da Bolsa brasileira, atingiu o maior patamar da história, o número de investidores com contas ativas na B3 caiu. No final de 2023, eles totalizavam 5,74 milhões. Em 2022, eram 5,85 milhões, ou 110 mil pessoas a mais. Foi a primeira queda desde 2016. O que explica a contradição? O aumento da taxa Selic afastou investidores da renda variável, mas o temor do novo governo – ampliado por analistas com viés político – certamente contribuiu para o recuo.
Inteligência Artificial deverá afetar 40% dos empregos
O avanço da Inteligência Artificial provocará grandes mudanças no mercado de trabalho – e isso não é necessariamente positivo. De acordo com Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), a IA impactará de alguma maneira 40% dos empregos no mundo. Se por um lado a nova tecnologia deverá aumentar a produtividade das empresas, por outro milhões de postos de trabalho serão extintos. Resolver essa equação é um desafio que está colocada diante de governos e empresas.
Rapidinhas
O Instituto XP, criado em 2021 para impulsionar as ações de educação financeira da empresa, atingiu uma marca relevante: 12 milhões de pessoas participaram dos programas desenvolvidos pelo Instituto ou acessaram os seus conteúdos educativos. Agora, a meta da XP é alcançar 50 milhões de brasileiros em no máximo dez anos.
O comércio eletrônico brasileiro continua em ascensão, mas em ritmo menor do que nos anos de pandemia. Um estudo feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) constatou que as compras pela internet somaram R$ 185,7 bilhões em 2023, 10% acima do valor movimentado em 2022. As mulheres respondem por 60% dos negócios.
A produtora brasileira de celulose Suzano e o conglomerado japonês Mitsui, que atua em segmentos como mineração e transportes, assinaram um acordo para o desenvolvimento, em conjunto, de bioprodutos. Um dos focos da parceira é a realização de pesquisas na área de biocombustíveis, especialmente bioetanol.
A produção de caminhões no Brasil decepcionou em 2023. De acordo com dados apurados pela Anfavea, a associação que representa os fabricantes, o número totalizou 100,4 mil unidades, o que representou uma queda expressiva de 38% em relação a 2022. Para 2024, a expectativa é de recuperação, embora em ritmo ainda modesto.
“Temos condições de aproveitar os bons ventos que o mundo pode apresentar em 2024, se tivermos a consciência de que o nosso principal risco continua sendo a questão fiscal”
Luiz Carlos Trabuco Cappi,
presidente do conselho de administração do Bradesco
R$ 14,3 bilhões
é quanto a montadora chinesa BYD estaria disposta a pagar pela Sigma Lithium, maior mineradora de lítio do Brasil. A Sigma é dona de uma operação de mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha e o negócio seria uma maneira de garantir matérias-primas para os veículos da BYD.