Por mais que o tráfego aéreo tenha se recuperado quase que plenamente após a interrupção de voos durante a pandemia de COVID-19, as sequelas da crise sanitária persistem. Isso explica por que três das maiores companhias aéreas brasileiras apresentam alto nível de endividamento.
Juntas, Azul, Gol e Latam somam R$ 92,3 bilhões em débitos na praça. Detalhe: jamais as líderes do setor apresentaram patamar tão alto de endividamento. Sinal dos tempos, a Gol entrou há alguns dias com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos por não ter como honrar compromissos estimados em R$ 20,2 bilhões.
Não se trata de caso isolado. Desde 2020, outras três aéreas da América Latina – Avianca, Latam e Aeromexico – recorreram a processos de recuperação judicial. O Brasil tem um caso dramático.
Fundada em maio de 2021, a ITA encerrou as operações apenas oito meses depois. Pelo visto, as turbulências deverão continuar por um bom tempo.
Europa avança na regulamentação da IA
A Europa tomou a dianteira nas discussões sobre a aplicação da inteligência artificial (IA). Na última sexta-feira, o Parlamento Europeu aprovou o texto que regulamenta a tecnologia – uma medida urgente que deveria ser debatida por outros países, inclusive o Brasil.
Entre os aspectos contemplados está a obrigatoriedade de ambientes controlados e seguros para testar IAs antes de elas chegarem ao mercado. A ideia é também classificar a IA por nível de risco, banindo aquelas perigosas para a sociedade.
Eduardo Saverin fica US$ 7 bi mais rico
Como transformar US$ 15 mil em US$ 26,5 bilhões? Basta seguir a trajetória de Eduardo Saverin, o brasileiro que co-fundou o Facebook com Mark Zuckerberg.
Em 2004, Saverin foi o primeiro investidor da rede social – o aporte inicial equivale agora à fortuna acima. Em janeiro, seu patrimônio cresceu US$ 7 bilhões com a valorização das ações da Meta, o novo nome do Facebook.
Apenas na sexta-feira passada, a cotação dos papéis da empresa subiu 20% após a divulgação de ótimos resultados financeiros.
"A produtividade não é tudo na economia, mas no longo prazo é quase tudo”
Paul Krugman, economista que recebeu o Prêmio Nobel em 2008
Raízen e BYD investem em pontos de recarga
Um dos obstáculos para o avanço do mercado de veículos elétricos no Brasil é a falta de infraestrutura.
Atentas ao problema, a empresa brasileira de energia Raízen e a montadora chinesa BYD assinaram uma parceria para criar 600 pontos de recargas em postos Shell espalhados por oito cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Belém, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A ideia é que os eletropostos estejam em plena operação a partir do início de 2025.
Rapidinhas
- A alemã Merck, uma das maiores empresas de medicamentos do mundo, concluiu um novo ciclo de investimentos no Brasil. Parte expressiva dos recursos – R$ 100 milhões – foi destinada para a construção de um centro de distribuição em Cajamar, no interior paulista. Com 13 mil metros quadrados, é o maior CD da companhia no país.
- A brasileira Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, entregou 181 aeronaves em 2023, um avanço de 13% em relação ao desempenho de 2022. No final do quarto trimestre do ano passado, a carteira de pedidos firmes somava US$ 18,7 bilhões – trata-se do maior volume desde o primeiro trimestre de 2018.
- O Conselho Nacional de Turismo quer que o Brasil receba 8 milhões de turistas estrangeiros em 2022. Não será fácil cumprir a meta: em 2023, o número totalizou 6 milhões. Especialistas afirmam que, para isso, será preciso combater duas deficiências: os baixos níveis de segurança e a rede deficiente de voos.
- A camisa do time espanhol Real Madrid se tornou a mais valiosa do mundo. O clube estampará em seu uniforme a marca da empresa americana de tecnologia HP, que desembolsará R$ 375 milhões anuais pela parceria. O Real também possui acordos comerciais com Fly Emirates e Adidas. Juntos, os patrocínios somam R$ 1 bilhão por ano.
R$ 26 bilhões
em investimentos no Brasil foram anunciados recentemente pelas montadoras BYD, GM e Volkswagen. As empresas estão confiantes, apesar do mercado automotivo pisar no freio – no ano passado, a produção de veículos caiu 1,9% no país