Como diriam os cínicos, o fim do carnaval significa o início do ano para a pauta econômica e política do Brasil. Há muito por ser feito. Uma agenda prioritária, e que está longe de ter sido resolvida, diz respeito ao equilíbrio fiscal. Nesse contexto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), aposta as suas fichas em medidas capazes de aumentar a arrecadação do governo. Um dos pontos em discussão é a reoneração gradual da folha de pagamento, tema que encontra forte resistência no Congresso – e que, portanto, deverá elevar a temperatura em Brasília. Obviamente, não se trata da única missão importante na seara econômica. Aprovada no ano passado após décadas de discussão, a Reforma Tributária deixou em aberto vários pontos que precisam ser regulamentados por meio de projetos de lei. Entre eles, está a definição da alíquota do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), uma decisão vital para a real eficácia do projeto. A agenda está lotada e é hora de os políticos acelerarem o passo.

Novas usinas confirmam avanço do etanol de milho no país

Um levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta o avanço do etanol de milho no Brasil. Além das plantas já em operação, existem atualmente oito unidades com pedido de ampliação para incluir o milho como matéria-prima e nove solicitações para a construção de novas usinas capazes de produzir etanol a partir do milho. Uma das vantagens do milho é que ele não é tão suscetível à sazonalidade e pode ser armazenado por longos períodos.

Brasil salva desempenho da Heineken em 2023

Enquanto a fabricante holandesa de cervejas Heineken enfrenta resultados modestos em sua operação global, no Brasil os negócios vão na direção oposta. No ano passado, as receitas geradas pelo mercado brasileiro subiram cerca de 10%, o que se deve sobretudo ao aumento das vendas de rótulos premium. Ressalte-se que o Brasil é o maior mercado da cerveja Heineken no mundo. Ontem, após a divulgação de seu balanço, a cotação das ações da cervejaria chegou a cair 6% na Bolsa de Amsterdã.

Biometano ganhou espaço na nova era ambiental

A agenda ambiental provoca grandes mudanças no agronegócio brasileiro. Atualmente, o Brasil possui 20 unidades de produção de biometano, um combustível menos poluente e mais econômico. Além disso, há dezoito plantas à espera de autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir e vender o combustível. A produção brasileira atual é de 1 milhão de metros cúbicos de biometano por dia, mas esse número deverá aumentar consideravelmente.

R$ 8,9 bilhões

foi quanto as fusões e aquisições (M&As, na sigla em inglês) movimentaram no
mercado brasileiro em janeiro. Segundo a plataforma de informações corporativas TTR Data, o número representa uma queda de 15% sobre igual período do ano passado

Rapidinhas

  • A Major League Soccer (MLS), a liga americana de futebol, terá produtos licenciados no Brasil. A operação ficará a cargo da Destra, empresa de licenciamento de marcas que atua em parceria com clubes como Barcelona (Espanha), Manchester City (Inglaterra) e Juventus (Itália). Registre-se que o argentino Lionel Messi é estrela da MLS.
  • Pela primeira vez na história, um brasileiro assumirá o comando da montadora japonesa Toyota no Brasil. Trata-se de Evandro Maggio, que atua na empresa desde 2005. Maggio ocupa atualmente o posto de diretor de compras, pesquisa e desenvolvimento. Antes, trabalhou nas áreas de pós-venda, planejamento, Recursos Humanos e TI.
  • O americano Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, está de olho em oportunidades no agronegócio. Ele comprou um novo lote de gado das raças Wagyu e Angus, conhecidas pelo alto valor da carne, para seu rancho na ilha de Kauai, no Havaí. Detalhe: os animais são alimentados com uma dieta especial, que inclui macadâmia e cerveja.
  • A CNH Industrial, dona das tradicionais marcas de máquinas agrícolas Case e New Holland, não está nada otimista com 2024. A empresa calcula que as vendas de equipamentos para o agronegócio cairão entre 10% e 15% no ano. Para compensar a provável queda, seu programa de corte de custos deverá ser revigorado.

“O incidente ocorrido com a Boeing nos tornou mais humildes”

Guillaume Faury
CEO mundial da Airbus, sobre as falhas de segurança no concorrente Boeing 737 Max


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